Se eu pudesse, te daria o mundo. Todos aqueles sorrisos que lhe proporcionam dias mais felizes, aqueles sonhos que a gente sonharia junto. Porque sonho que se sonha sozinho é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade.
Se eu pudesse, eu me daria à você. Com esses defeitos e chatice. E eu seria seu ombro, os braços que te acolhem neste mundo. Eu seria as palavras que te colocam para dormir, seria o beijo que te acorda. Eu seria tão e somente tua.
Se eu pudesse, eu te cuidaria. Eu juro que lhe protegeria dos perigos deste mundo. Eu te daria toda a beleza daquilo que é efêmero; e a vivacidade do que é eterno.
Se eu pudesse, te daria o poder da verdade; o desejo e a realização. Te daria tudo o que julgam impossível. Te convidaria para um eterno baile de máscaras... E dançaríamos juntos por gerações, como cantariam os poetas... A dança inócua da liberdade, da juventude.
Mas não posso eternizá-lo senão em mim... Senão em minh'alma e em meu humilde e despedaçado coração. Onde tu já estás. E onde permanecerás. Porque, meu belo rapaz, teus olhos de pedras preciosas já são mil partes daquilo que chamo de vida. Teu cristalino cristaliza-me.
Dar-te-ei então tudo que posso. Dar-te-ei estas palavras mudas e este silêncio que grita. Dar-te-ei essa eloquência indecente e inocente.
Dar-te-ei a escolha de me salvar desta solidão intermitente. De dançar comigo no nosso baile de máscaras particular.
Dar-te-ei à mim mesma agora...
(E peço que me perdoe pela baixa qualidade destas linhas tortas e incandescentes...
Por favor, não me esqueças..)
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