Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

E ainda não passou...





Sábado completa seis meses. Para muitas pessoas, seis meses não é nada. Mas para quem perde alguém a quem se ama, seis meses é uma eternidade.


Antério. Seu nome veio do grego, se bem me lembro. Significa “cheio de flores”. E de fato nenhum nome cairia de forma mais perfeita a ele. Meu avô, vô, vovô. “Vovô Roso”, como diria a Carol. Sempre ele.


Foi numa sexta-feira que vimos a sua estrela apagar. Mas eu acho que, naquele fim de tarde, a estrela de toda a nossa família passou a brilhar com menos intensidade. Eu não conseguiria imaginar dor mais forte, nem vazio maior.


Ter que me despedir dele foi como se o mundo parasse de girar, e eu estivesse de cabeça pra baixo. Eu me senti cair num buraco sem fim. E eu sei que era assim com toda a família. E nós tivemos que ficar apoiados uns nos outros.


Pra ser sincera, acho que a gente ainda está se segurando pra não desabar. Eu não consigo acreditar que já tenhamos saído do tal buraco. Porque eu ainda não me sinto completamente segura aqui.


Dentro do meu peito, o coração ainda aperta ao ouvir o seu nome ou olhar para sua foto. Quando eu sinto seu perfume naquele boné, tudo mais perde o sentido. O som da voz dele fica me rondando, e é como se ele estivesse do meu lado.


E eu tiro forças do sorriso dele. O jeito gostoso do meu avô sorrir, ainda que hoje apenas na minha memória, sempre vai iluminar meu dia. A forma dele andar sempre vai me motivar a dar um passo a frente. Esse amor incondicional nunca vai mudar.



Eu não sei se ele pode me ouvir, mas toda noite eu converso com ele. Eu sinto muita falta dele. Todos nós sentimos. O vovô foi meu maior exemplo. Um homem espetacular. Não era perfeito - claro que não -, mas até no seu jeito “cabeça dura” de ser via-se uma pessoa incrível. Eu acho que puxei esse jeito meio turrão dele.


Ah... meu avô era inteligentíssimo. Aliás, ele era sábio. Ele aprendeu demais com a vida, e eu admiro essa sua capacidade incrível de observação.


Meu avô também gostava de escrever. Em seus cadernos, ele escrevia tudo o que lhe acontecia, como num diário. E eu me perco ao ler suas anotações. Em cada linha, há tanto dele, que eu quase acredito que ele mesmo está me contando aquilo, com sua voz e jeito tranqüilo de falar.


Eu sinto saudades da voz dele. E da maneira que ele falava dos programas na televisão. Era tudo tão único... Tão exclusivamente dele.


Mas o que eu mais sinto falta são os abraços dele. Dele me abraçar quando eu o ia visitar, dele perguntar como estava todo mundo por aqui. Dele me oferecer laranja, mexerica... E do riso dele, quando dizia “se eu cultivasse uns porquinhos, vocês iriam aceitar.” ...


Hoje eu sinto muito mesmo por não ter aceitado aquela laranja serra d’agua.


Hoje eu percebo o quão cada detalhe era importante. Hoje eu penso e vejo que meu vô nunca mais vai acenar pra mim do portão. Hoje eu vejo que ele nunca mais fará piadinhas com meu pai. Eu sei disso, mas eu não consigo entender.


Eu sabia que um dia ele teria que partir. Mas ele se foi muito cedo.


Eu queria poder estar com ele ao menos por mais um minuto. Olhar nos olhos dele e dizer o quanto eu o amo e sempre o amarei. Dar um último abraço apertado, e ver aquele sorriso sincero que era só dele.

Eu queria que ele me dissesse que um dia essa dor iria ao menos amenizar.

Só mais uma vez. Eu queria estar com o “Vovô Roso” novamente.

sábado, 9 de outubro de 2010

2 em 1


Bem... eu estive pensando muito ontem à noite e hoje de manhã [sabe como é... banho que lava a alma é foda!]; e pela primeira vez, cheguei à conclusões muito diferentes daquelas à que estamos acostumados.

E tudo começou com uma conversa sobre a beleza dos enamorados. Eu disse que não gosto. Disse, mais especificamente, que odeio! Mas o fato é que na verdade eu não sei o que dizer. Eu não posso negar que mexe comigo. Não posso falar que não acho tudo neles fantástico e incrivelmente inspirador. Mas não é tudo que eu vejo.

Ver casais também me faz questionar: "Para quantas garotas ele já disse 'Eu te Amo'? E ela? Já disse isso para quantos?" Vê-los me faz pensar em quantas vezes eles já mentiram, disseram que amavam... quando estavam levemente apaixonados.

Pra ser sincera, eu não conseguiria ser como metade dos casais que vejo. Eu não conseguiria dizer para alguém que sinto algo que de fato não sinto. Eu não conseguiria mentir para mim mesma. Então ver certas cenas me irrita.

Mas claro que eu não vou parar por aqui. Falar deles seria quase que não falar nada. E todos sabem muito bem que eu gosto de falar de mim. Então é aqui que as mudanças começam.

Começam no instante em que eu defino a imagem que tenho do amor. E eu nunca escondi que de fato sempre acreditei que poderia me apaixonar por todos, mas amaria um único garoto na vida! E também não escondo que tinha certeza de que era ele!

Mas hoje eu vejo que não sou a mesma menina de dois anos atrás. E hoje eu vejo que ele era o amor da vida dela! E pode ser que eu [a garota de 18 anos] um dia conheça o amor. Pode ser. Mas não necessariamente.

Só sei que agora eu realmente vou seguir adiante. Porque eu não tenho mais tempo a perder com coisas que não tem como acrescentar nada na minha vida.



Cansei de acrescentar dias à minha vida. Hoje quero acrescentar vida aos meus dias!



Hoje eu tenho planos muito mais óbvios; muito menos difusos e/ou duvidosos. E não preciso saber como chegar lá. Só preciso chegar.

E é claro que eu vou chegar! E isso é tudo o que eu sei...



[EM CONSTRUÇÃO]

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

♫ ...тнє ℓιє вє¢σмєѕ тнє тяυтн... ♫

Mentira dói.

Dói em todo mundo. Dói ouvir uma série de mentiras, assim como dói ter que mentir.

Eu não queria. Escrevo aqui talvez para amenizar esta culpa que está me corroendo por dentro. Escrevo para dizer que menti, que isso está me matando, mas que foi extremamente necessário.

Escrevo aqui para diminuir a minha mentira. Escrevo assumindo; e assumir já é começar à contar a verdade. Escrevo como uma forma de punir a mim mesma. Escrevo para enfatizar meu medo e minha total insegurança. Escrevo para tornar meu pesadelo real.

Escrevo para dizer que foi difícil falar aquelas coisas. Para dizer que pensei muito até tomar aquela atitude, mas que ainda assim a fiz por impulso. Eu não teria dito aquilo no segundo seguinte.

Eu teria dito a verdade. Eu teria assumido todas e quaisquer consequências de minhas palavras. Eu ouviria o que quer que ele me quisesse dizer. Ouviria em silêncio. Ouviria até que as palavras terminassem de sair. Ainda que nada que ele dissesse fizesse sentido.

Ouviria. Faria do jeito dele.

Talvez isso me calasse. Talvez calasse nós dois. Talvez nunca chegássemos à um acordo. Qualquer coisa teria sido melhor do que esse silêncio falso. Ingênuo.

Mas agora eu estou ainda mais confusa. Sei ainda menos o que falar ou fazer. Ao mesmo tempo, vejo sorte e azar. Acho que fiz tudo errado, mas que era a única opção que tinha. E eu me iludo com uma vasta coleção de "se". Se tivesse dito a verdade; se tivesse dito antes mesmo dessa dúvida começar. Se tivesse tentado. Se tivesse tentado esquecer. E se...

E se agora ele estivesse numa janela ridícula de MSN? E se ele soubesse? E se eu tivesse coragem de falar o que quer que fosse?

Talvez agora eu estivesse cantando, trancada no quarto. Talvez estivesse estudando algo mais do que Biologia. Talvez tivesse mudado a música. Talvez eu não estivesse numa viagem patética dentro de mim mesma.

E isso só me faz crer que além de uma coleção de "se", eu tenho também uma coleção de "talvez". Talvez eu nem escrevesse aqui... Provavelmente não...

Eu devia estar leve. E não com esse peso enorme na consciência. Pior do que ter mentido, é não ter mentido direito. Pode até ser que ele tenha acreditado. Mas eu não consegui mentir pra mim mesma, como no fundo eu queria.

Queria que, como na música, a mentira se tornasse verdade.

Eu ainda tenho essa insana esperança... Essa louca vontade de acordar vivendo simplesmente aquilo que eu inventei.

Queria que aquela tivesse sido a verdade. Mas não foi. E eu quase desejo que ele me odeie por isso.

Mas eu quero muito mais que ele me ame por isso. E dessa vez é verdade...


♫ ...тнє ℓιє вє¢σмєѕ тнє тяυтн... ♫

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

яσтαѕ αℓтєяα∂αѕ

Oi gente! *-*

Tem tanto tempo que não venho aqui que eu nem sei por onde começar... Como começar... Há tanto para ser dito, há tantas palavras e perfumes... Existem tantas dúvidas...




Ah... tanta coisa mudou neste intervalo de tempo. Tantas coisas passaram a fazer sentido! E é como se nada mais no mundo estivesse no lugar.





E eu sei que falar assim soa de forma suspeita, mas hoje eu quero falar de liberdade. Quero cultivar sorrisos e motivos pra viver. Hoje eu vou defender o lado bom das coisas.





Existem tantos sentimentos novos dentro de mim, que as idéias nem fazem tanto sentido. Hoje eu só quero colocar o vestido mais bonito, estampar meu rosto com o sorriso mais aberto, mais livre e verdadeiro... Quero criar a minha própria primavera... Quero sair na rua e deixar explícita a minha felicidade!



É aquele sorrisinho bobo que a gente dá no meio da rua ao pensar em outro alguém. É aquela timidez quando percebe que "ele" está te olhando. É aquela vontade imensa de que ele esteja. Essa felicidade que venho defender é a que existe sem motivos, só por existir.



É o que acontece quando a gente menos espera e que não há maneira nenhuma de evitar. É quando a gente quer gritar pro mundo todo; espalhar aos quatro cantos do planeta que ninguém nunca poderá se sentir como você se sente. E às vezes você nem mesmo sabe o motivo para tanta euforia.



Talvez sejam os olhos; talvez a boca. Em si ou somente o sorriso. Algo parece estar ali apenas como um motivo para que você exista. As horas não passam, e você quer mais é que elas voem. Porque parece que se você continuar assim, logo poderá voar.



Você se sente assim tão leve... Não existe vergonha ou medo de qualquer coisa. Tudo soa tão bonito... ainda que você saiba o quão aquilo é ridículo. E tudo o que é defeito nas outras pessoas, nele é qualidade. E você quer ser assim para ele.


Então você sorri sem saber para quem. Sorri só de pensar. Você se veste de sonhos interiores. Você transpira esperança. E quanto mais você nega, mais tem certeza.




Chega um momento que tudo te faz caminhar. A voz, o cheiro e a maneira dele te olhar. E você quer que ele saiba sem que você diga. Você manda mensagens telepáticas, mudas. E você sente que ele também sente alguma coisa "esquisita".


Pode até não ser verdade, mas você se agarra naquilo de tal forma que não dá margem para a dúvida. Para você aquilo é de tamanha verocidade que não há o que questionar. Aquele sentimento é tão grande que não tem como ser apenas um sonho. E ao mesmo tempo em que você tem medo, o que você mais quer é correr pros braços dele na mais doce realidade.




É claro que há uma ponta de utopia em todos os planos que você traça; mas a necessidade de que aquilo exista na cabeça de ambos é tanta que você luta. Aquele sonho te move de tal forma que você corre atrás, que você se joga; que sente aquilo com toda a intensidade possível e até um tanto quanto improvável.











Ah, minha amiga... não sei nomear exatamente o que é isso. Mas é o que estou sentindo agora. Não é amor (eu não vejo de tal forma); também não acredito que seja paixão (eles sempre o desenharam de forma tão quente e, no entanto, o que eu sinto é tão brando)...



Ah... não sei o que estou sentindo, mas com certeza é alguma coisa.







terça-feira, 15 de junho de 2010

Até que a morte os separe...

Hoje eu resolvi vir aqui e escrever algo que dê vontade de ser lido mais de uma vez... Peguei aquele álbum daquele cantor que "me tiiiira" e coloquei a música que "é minha"... Eu queria poder colocar a tal música para repetir milhares de vezes, mas não vai dar...

Hoje eu vou deixar as músicas irem se substituindo uma a uma; irem passando... Como a vida; onde as coisas vão acontecendo, uma após a outra. Sem que eu possa pausar ou repetir certos trechos.

Hoje eu vim pagar uma promessa que fiz à um amigo. Vou falar de casamentos. Eu, particularmente, nunca nutri o sonho de me casar. Até aprender o que é o amor.


Eu já fui à vários casamentos e não posso negar que sejam incrivelmente lindos. Não ache que sou daquelas que choram em casamentos, mas eu admito que me emocionam.



Com certeza o casamento religioso é uma noite memorável na vida do casal, e também nas vidas de seus familiares e amigos. A noiva com seu vestido branco impecável; o noivo esperando no altar, com todas as suas esperanças e anseios estampadas no rosto. O pai da noiva emocionado, entregando em matrimônio aquela que outrora corria pela casa, com os passos ensaiados... feliz por estar enfim andando...

É uma experiência única, e nada pode dar errado. Os convidados estão ali para celebrar a união, mas não sabem de tudo que lutaram até chegar ali.

O vestido teve de ser ajustado milhares de vezes, conforme o corpo dela mudava; as daminhas cresceram (afinal, já faziam meses que iniciaram os preparativos). Mas nesta noite tudo está impecável.



Tudo corre espetacularmente bem. Ah... tudo é tão lindo... E tão único!

É claro que o casamento é do casal... Mas sempre será ELA a estrela da noite!



Bem... esta postagem tem até uma destinatária em especial. Rafaela. Minha amiga vai se casar. E eu estou radiante por vê-la tão feliz!

Será a noite dela! Em que minha amiga estará lá, no altar, recebendo por esposo o homem de sua vida! Não há como não me emocionar só de pensar nisso. Não há como não brotar um sorriso em meu rosto com a simples idéia de ela querer compartilhar essa alegria comigo!

Ela quer algo diferente. Suas damas de honra não são doces menininhas com seus sorrisos de criança. São suas amigas, aquelas que a ampararam, e a quem ela amparou quando necessário.


E esta escolha dela nos faz confidentes deste momento. Nos dá ainda mais vontade de aproveitar este momento dela, para estarmos perto. Isso reativa a cumplicidade e confiança que fora depositada em todos os instantes desde que nos conhecemos e nos tornamos amigas.


E a partir deste momento, em que depositamos junto à ela, nossos sonhos e esperanças naquela união, na felicidade de nossa amiga; toda esta espera pelo "grande dia" não é apenas dela. O entusiasmo também é nosso!

E eu digo isso porque é o que eu vejo. É o que eu sinto. E quando eu penso nisso, a imagem que me vêm à cabeça é minha amiga - linda, radiante - no auge do momento mais esperado; caminhando para a vida que ela sonhou e tanto merece. Vejo minha amiga dizer "sim" ao homem certo.

E vejo a alegria estampada nos rostos de nós três - eu, Thamiris e Nazaré -; as amigas com quem ela decidiu dividir isso desde o início.



Sabe Rafa... esta postagem de início tinha o propósito de ser para alguém, e no final é toda e completamente tua! Para que veja que eu estou realmente feliz com a sua felicidade. E de poder estar participando deste momento.


E... para descontrair, algumas superstições aceitáveis para este momento:

Noiva do lado esquerdo do noivo Durante a celebração do casamento, a noiva se posiciona no lado esquerdo do noivo. É uma tradição que remonta à Idade Média: se algum homem tentasse "roubar" a futura esposa do noivo, este a defenderia com a espada usando o braço direito para o combate. Segundo a superstição, quando a noiva fica no lado esquerdo, também significaria afastar o risco da infidelidade.

O noivo não pode ver a noiva vestida para a cerimônia antes do casamento
É uma tradição milenar praticada por quase todos os povos. Em alguns países árabes, o casamento (especialmente dos muçulmanos), ainda hoje é celebrado entre o pretendente e o pai da noiva (esta aguarda em outra sala). Somente depois de o casamento ser celebrado pelos homens, a noiva se encontra com o
futuro marido.

Noivo carrega a noiva no colo
Este costume é oriental. Acredita-se que os gênios ruins (que atacam apenas as mulheres) ficam a espera da noiva na porta do quarto nupcial. O marido protege a esposa carregando-a. O objetivo é evitar maus espíritos e espantar a crença que se a noiva cair na entrada de casa terá um casamento infeliz.

Nomes na barra do vestido da noiva
Existe uma tradição baiana que diz que ter o nome bordado na barra do vestido de noiva de uma amiga atrai casamento. A tradição é bem clara: as amigas que estiverem com o nome na barra do vestido da noiva, se casarão em breve. (olha lá heein.. eu quero meu nome na barra! hauahuaauahauahua)

Latinhas amarradas atrás do carro
Diz a tradição que, para afastar os maus espíritos, canecos, testos e outros utensílios de metal eram amarrados à carruagem ou montaria nupcial, foram estes objetos que originaram a tradição de pendurar latas no carros dos noivos. (e, cá entre nós... faz um escândalo que só... kk)

Flor na lapela do noivo, do pai e dos padrinhos
A flor na lapela do noivo, do pai e dos padrinhos, geralmente é um cravo. Ela simboliza a afeição e carinho da noiva pelos parentes e amigos mais próximos. (achei essa superstição bem fofa!)



Fico por aqui agora...

Beijos de sua "Dama Porta-Aliança"

Mariana

terça-feira, 8 de junho de 2010

★°... ☆ DEZOITO ☆ ...°★

18 anos... Afinal, todo mundo diz que um dia você vai acordar e as coisas vão ter um sentido. Todo mundo diz que você vai se sentir mais maduro. Dizem que realmente você vai se sentir diferente.

Todos brincam que aos dezoito você deve se comportar, ou será preso. Tentam te animar, dizendo que enfim vai poder tirar carteira e sair por ai, sem precisar da carona de ninguém. Tem gente que se apressa em dizer que você vai poder beber; e uns mais... sei lá... falam que enfim você poderá alugar um filme pornô.

Completar então os tais 18 anos fica sem dúvida parecendo algo mágico. Há uma forma das pessoas falarem deste fatídico dia, e de o colocarem num pedestal; que parece que tudo o que foi vivido até agora aconteceu só pra que este instante chegasse.

Eu não sei o objetivo disso. Não vou falar que não existe um, mas eu - estreiando agora na maioriade - ainda não descobri a diferença que deveria ter. As portas do paraíso ainda estão fechadas. E nenhum homem lindo e maravilhoso - uma mistura de galã de novela e gogoboy - apareceu na minha porta dizendo que eu sou o que ele sempre quis.

Também não me vejo com a menor pressa de aprender a dirigir. Aliás... não me falta pressa; falta vontade mesmo. Fazer dezoito anos não despertou em mim a vontade louca de dirigir um carro à 200km/h, com os cabelos esvoaçando; como num filme (cena que não deve ser repetida simplesmente "por ai").




Não me vejo como uma daquelas mulheres extremamentes sensuais ao lado de um carro...






... Mas se querem saber, com certeza consigo me imaginar como uma motorista neurótica.







Continuando... não acredito que eu possa fazer qualquer coisa que me leve à ser presa. Até porque eu sou meio "mulherzinha". Não faria mal à uma mosca (ou faria?) Sem contar que um presídio não é a imagem de hotel 5 estrelas que alguém podia desejar para si. De qualquer forma, sou completamente inofensiva.

No entanto... não desconsideraria um dia vir à me vestir de presidiária. (66' (hauahauahuahaua)



Continuando... agora com a questão de beber e fumar... Com certeza não daria certo. Primeiro porque eu nem sequer gosto do cheiro de bebida. Segundo porque eu sou feliz demais para isso (puxei minha mãe). E cigarro? Nem pensar! Que nojo!



Sem contar que bêbado é sempre patético. Mulher então, nem se fala. Mulheres são sensuais por natureza. E pode até ser que beber um drink ou outro seja sedutor, mas com certeza, uma mulher bêbada é o cúmulo. (E eu ficaria mais pra lá do que pra cá com qualquer golinho).






Então, pra continuar esse célebre assunto, vamos aos filmes pornôs. Bem, não acho uma boa idéia também. Querendo ou não, eu sou careta. Eu brinco com minhas primas, dizendo que a gente vai se acabar assitindo á shows de stripper (com aqueles caras já citados)... Mas não passa de brincadeira!



Rola aquela brincadeira de um homem escultural que traz (ou sai de) um bolo. Na verdade, até em uma revista estava dizendo que aniversário de 18 anos de mulher, é só para mulher!








Resumindo, um aniversário de dezoito anos não acontece duas vezes na vida! A próxima vez que você passará por algo parecido será na sua despedida de solteira! E olhe lá!

Mas pense comigo... No seu aniversário, pelo menos; você não vai ter que pensar que no dia seguinte sua vida estará fadada à um único homem. Que, lembremos... mudará com os anos; ficando barrigudo e careca.




Mas você é quem sabe... Afinal, é o amor!


Por fim, eu chego à conclusão que eu sou um fracasso nesta nova idade. Não vou "aproveitar" nada do que me dizem que devemos aproveitar! E essa tal magia? Cadê?

Eu quero ser apenas a menina que sempre fui. A menina que pede pro pai buscar nas festas, e que conhece gente no ônibus. Quero continuar sã. Quero ver um filme infantil com minha melhor amiga; um filme baseado no livro que eu e minha prima tanto esperávamos; assistir aquele romance água-com-açucar com o menino bonitinho que parece um dos Jonas Brothers; e aquele filme de terror com aquele que me faz me sentir segura.


E quero não ver filme algum com aquele que realmente interessa!



ENFIM... eu quero ser o que já sou! Então nada vai mudar. Aceitar ser quem nós somos, independentemente da idade, é o que há de mágico nisso! Se amar, se respeitar; é isso que nos fará felizes. Seja aos 17, 18 ou 80 anos!

A magia é perceber que todos nós nascemos como tudo dentro de nós. Com a vontade de vencer, e o poder necessário para isso. Bebendo ou não; se acabando em festas até de madrugada; ou em casa num sábado à noite... pouco importa.

O que de verdade importa é saber que somos o que somos, e antes de qualquer coisas, devemos nos respeitar por isso. Se as coisas não vão bem, cabe a nós mudá-las.



Mas todo mundo precisa quebrar a cara. Todo mundo precisa completar os tais "18 anos", pra descobrir que isso não nos fará mais independentes. Isso só nos fará lutar mais e mais pela independência!

Para todos os ansiosos, e para os que já passaram por isso...



F E L I Z


A N O S






(Dedicado sobretudo aos meus amigos ainda "de menor")

quinta-feira, 13 de maio de 2010

sz'

Ah... a paixão...

Esta "coisa" louca e sem explicação... E que nos deixa assim, tão leves e bobos! Tão adoravelmente bobos!


Ah... como algo assim pode nos deixar tão sem palavras? Tão sem jeito? Como 6 letras conseguem fazer tanta diferença em nossas vidas? Como uma simples palavra pode nos manipular tanto?



E no início é aquele medo, aquela tentativa louca de esconder de nós mesmos; e sobretudo, vem a negação. Admitir para sua amiga? Nem pensar! Ela vai rir tanto né? E algo parecido com: "ela acha mesmo que eu gostaria dele? Bobinha..."

Depois a gente fica com vergonha de ter que enfim admitir que ele é interessante mesmo. E junto vem aquela cara de boba, e todos aqueles suspiros que a gente não consegue conter. Não tem como não ficar aérea. Não existe nada além dele...


Ah... Não há nada mais ridículo ou mais gostoso! Agora não adianta falar qualquer coisa, afinal, todos conseguem ver o que você está sentindo através do jeito que você respira quando fala dele ou pelo fato de que você prende a respiração quando ele passa.

Talvez ele já tenha notado. Talvez não. Mas agora você perde o sono pensando se deve contar ou não. Todo mundo fala para criar coragem e dizer. Você morre de medo da reação dele. Sua amiga pede para que deixe de ser boba e que, no máximo, ele dirá que não te vê dessa forma. Mas ela enfatiza que seu "sexto sentido" diz que ele também gosta de você.

Você quer tanto que ela esteja certa...


Você escreve um bilhete dizendo que está completamente apaixonada por ele, mas fica pensando se deve mesmo contar. Você realmente se sente uma boba dessa forma. Fica remoendo cada palavra escrita ali como se fosse um erro. Então você escreve também um e-mail, afinal, acredita que assim você estará sendo menos melosa, e ele não irá se assustar.

Mas você acaba decidindo não contar ainda.

Então você fica dias aguardando que algo dentro dele mude e ele apareça na sua porta [ou janela do msn] dizendo que sempre esperou alguém como você. E eu fico aqui, muito sem graça, pensando em uma forma de te contar que isso não vai acontecer.

Então você vai ficar chateada. Vai sentar num canto da cama e logo estará esparramada e imaginando o que fazer. Vai chegar à conclusão de que o melhor é você mesma correr atrás dele. [Claro que com todo o charme feminino.]

Resolverá que é melhor convidá-lo para sair qualquer dia desses [como amigos]; pegar um cinema, tomar um sorvete. Vai usar algo que ele disse anteriormente como desculpa.

Mas você se apavora com a simples possibilidade de parecer atirada e assustá-lo.


À essa altura do campeonato até aquele amigo que tem uma queda considerável por você já está sabendo do que se passa em seu coração. [Você torce para que Ele não supeite.] E esse amigo [que você sempre viu somente dessa forma] já está a ponto de estourar. Ele fala o dia todo que você está com medo de ser feliz, e que deve agir logo em relação à isso, sem medos ou neuroses.

Mas você acha que ele só diz isso porque é um garoto, e que no caso dele é sempre mais fácil tomar a iniciativa. Mas que contigo a história é outra e você não sabe se o "alvo dessa sua paixão" vê problema em uma garota tomar a iniciativa. E sejamos sinceras... arriscar não é a primeira opção. [Embora, vendo assim de fora, ela seja a única!]

Você enrola. Enrola muito, com toda a certeza. Continua completamente apaixonada, e cada dia mais. Você acaba não contando.

Um dia ele vai aparecer com alguém na sua frente. E isso vai doer.

Você vai sobreviver. [Embora realmente não pareça.]





*****

E eu? Onde afinal eu fico nessa história toda? Eu fico em algum lugar entre admitir para mim mesma e contar para ele. Porque negar já não é possível. Não parece haver no mundo nada igual ao que estou sentindo. Não que seja bom.

Mas é tudo que há.



Apaixonada... =(

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A fOtOgRaFiA




Quem foi que disse que amarelo é a cor da covardia? Sempre que dizem que alguém "deu pra trás", dizem que este alguém "amarelou"... Mas eu não entendo o porquê...



Para mim, amarelo é a cor da saudade... Afinal, aquelas fotos antigas que ficaram guardadas naquela caixa no sotão foram ficando amareladas como nossas lembranças... E por mais que a gente tire a poeira, coloque as tais fotos nas mais bonitas molduras e espalhe-as pela casa, essas imagens não voltarão à cor original.

Exatamente como a nossa vida... Por mais que a gente se lembre e até tente reviver os melhores momentos, tudo sempre permanecerá como a mais pura e divertida lembran
ça, e nada mais do que isso. Sabe aquele abraço que você deu no último dia de aula nos seus professores, que mais pareciam seus conselheiros? Ou aquele riso fora de hora que você e sua amiga compartilharam durante a prova? Esses momentos não vão voltar.

Lembra daquele primeiro beijo [dentre milhares] que te fez perceber o quanto aquele carinha era especial e único na sua vida? Nunca haverá um primeiro beijo como aquele.



Com o tempo a gente percebe que a vida é composta não de dias e dias especiais; mas de segundos e milésimos de segundo surpreendentes! E que muitas vezes, o que era o melhor momento das nossas vidas vira apenas uma lembrança que colocamos em uma estante tão alta da memória, que não permitimos que nada mais seja colocado perto.


E às vezes vivemos momentos ainda melhores do que estes e não nos damos conta. Deixamos passar, simplesmente. É... a gente perde muita coisa sem querer.




Bem, eu nem vou ficar me estendendo aqui. Muito antes pelo contrário, serei [e estou sendo] o mais breve possível. Porque eu quero sim que o que escrevo traga boas recordações para quem lê. Mas sei que a linha entre as boas lembranças e as que nos fazem sofrer é tênue. E eu mesma acho que já passei dos meus limites.



Nada vai voltar, embora eu ainda tenha esse sonho infantil...



Para finalizar, acho sim que quando sentimos muitas saudades de algo, é provável que tenhamos vontade de consertar o que ficou pra trás... Afinal, muitas vezes, só notamos depois que não fizemos o melhor... Talvez ai haja uma ponta de covardia.



Nesse "querer" que não se pode realizar...

terça-feira, 20 de abril de 2010

♫ νєитυяα ♫


Ventura... Desventurada ironia...



Los Hermanos... quem diria que o meu álbum favorito seria justamente este? "Ventura"... Justamente o que me traz as piores lembranças...

Quem diria que justamente neste álbum eu pudesse me encontrar assim tão facilmente? Que eu pudesse estar ali descrita, e ali encontrar a perfeita harmonia dos meus dias?

Talvez faça realmente todo o sentido do mundo que eu sinta paz ao ouvir cada acorde de cada canção; assim como sentia paz com as batidas do coração dele... com a sua respiração ou voz...

Mas dói. Dói encontrá-lo ali sem que ele saiba. Sem que ele queira que eu o encontre. Sem que ele goste.

Dói ao sentir que o pouco que sobrou foi um samba a dois e uma conversa de botas batidas. Notar que, além do que se vê, restou apenas um cara estranho e... a outra.

Dói imaginar que talvez não haja sido somente o primeiro, mas o último romance. Ver que não há o vencedor nessa história; e que nós, eternos amantes, ainda procuramos um amor escondido há tanto tempo...

É cruel que nossa maior vitória tenha sido ver que a vida é feita de altos e baixos; momentos heróicos e vergonhosos. E notar que "o que eu sou é também o que eu escolhi ser".

Na verdade, eu fico pensando em você... o velho e o moço. Tudo o que você tem pra viver, e ao mesmo tempo, sem lutar para que valha a pena. Eu sei que ainda vai voltar... Mas quem você será?

No final das contas, eu cansei de esperar e ver a vida se perder. Eu fico presa do lado de dentro de mim mesma, com um par de sonhos que ainda não foram deixados de lado. Você me diz: - Deixa o verão... E eu, olhando aqui, do sétimo andar, digo-lhe um mero: - Tá bom.

E eu fico mesmo esperando; o seu mínimo gesto, o seu mais forte abraço. O seu sorriso mais bonito, e o brilho dos seus olhos. Eu espero como se não houvesse nada mais no mundo que importasse.

E quando eu ouço as vozes de Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo, elas me lembram tanto do que fomos nós. Lembram-me tanto do que não fomos e nunca seremos. E eu fantasio o que talvez possamos ser.

Talvez você não saiba; talvez nem devesse, mas isso me enlouquece ao mesmo tempo que me acalma. Eu fico esperando você abrir a porta e me pedir pra entrar e nunca mais sair da sua vida. É insensato que eu queira tanto sem poder ter; e que eu saiba disso.

Mas eu gosto tanto... Eu vivo nessa eterna nostalgia. E isso me mata me fortalecendo. Eu me encontro quando eu me perco. Porque você está ali entre tudo o que eu perdi.

É loucura e até uma vergonha que eu venha aqui e diga uma coisa dessas. Mas isso fica martelando dias e dias na minha cabeça, como um repertório ruim que a gente sente necessidade de criticar.

Talvez você seja realmente isso. Somente um repertório de péssima qualidade e que, portanto, não sai da minha cabeça. Eu prefiro que seja. Porque um dia hei de encontrar música pior e ainda mais viciante.



E por fim eu me pergunto... - Enfim... de onde vem a calma?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

☆ єи¢αитα∂α ☆

Deixei a vida levar os sonhos meus; à eles disse adeus... sem perceber...






Eu prometi à mim mesma que deixaria tudo isso de lado. Esse papo de amor... Eu prometi à mim mesma nunca me esquecer; mas seguir em frente sem grandes esperanças!

Mas as coisas não são sempre como o planejado. Na verdade, muito raramente são como o esperado. Mas a gente deve seguir em frente. Toda a beleza está em continuar lutando.

É certo que às vezes as coisas ficam difíceis e até mesmo dolorosas. Infelizmente, sempre haverá uma lembrança para nos corroer; um momento no passado que ainda nos mata.

Eu tentei deixar isso pra lá. Mesmo. Mas quando eu junto as mãos no formato de um coração, tudo muda completamente! Nessas mãos de menina ainda há toda a esperança que eu não imaginava ter... Estão os sonhos que eu ainda não concretizei, e todo o poder de conquista!

E eu fico me perguntando... por que se desenha um coração desta forma? Aliás... por que se desenha um coração?

Será que tudo isso é só um artifício usado pelos amantes para encontrar a pessoa amada nos mínimos detalhes? Será que o "amor" pode mesmo ser representado dessa forma? Será que a primeira pessoa que desenhou um coração, realmente amava?

Será que essa pessoa gostava de amar? Será que era retribuído?


O amor que não nos é retribuído dói. Ou às vezes ele até é retribuído e dói ainda assim. Para mim, amar é ficar completamente indefesa, nas mãos de um outro alguém. E não se tem como evitar esse outro alguém nos magoe.

Amar dói.

E dói ainda mais quando dói no outro. Dói ver o amado sofrer. Dói ver a outra pessoa ser machucada. Dói só de imaginar que essa pessoa possa sofrer. Dói amar e ver a pessoa amada sofrer por outro alguém.

Amar em silêncio dói duplamente.

Dói deixar os seus sonhos para trás. Dói não fazer nada.



Mas não vim aqui falar de dor. A dor só dói dentro da gente. Para os outros, não é nada demais. E se a gente pensar direito, não é nada demais mesmo.

O que é demais e merece ser pensado é até onde pode ir um amor. Será que realmente vale a pena abrir mão de planos pessoais por alguém? Alguém que é somente humano? Que talvez nem abra mão de planos pessoais dele para estar contigo?

Será que vale lutar tanto por alguém que não vai entender que seus amigos são seus amigos, e não têm segundas intenções com você? Será que vale a pena se anular vez ou outra por alguém que não sabe ainda se quer lutar com você? Ao seu lado?

Será que o amor de verdade vale realmente a pena?



Todo mundo fala que somos jovens uma única vez na vida e que devemos aproveitar muito. Falam que devemos namorar muito, beijar bastante; sair com os amigos... Mas eu não quero ser jovem assim.

Não quero uma juventude com prazo de validade. Não quero namorar com alguém por quem eu tenha no máximo uma paixonite. Não quero sair beijando à torto e à direito.

Eu quero mais é encontrar razões para viver. Quero ter amigos para a vida toda. Quero acreditar que realmente exista um amor, que ainda que doa, me motive à viver!

Quero um amor de verdade, daqueles que nada no mundo vai poder apagar. Quero um amor que, daqui à 30 anos, ainda me faça suspirar. Quero um beijo que me faça ter certeza de que é ele!

Sei que talvez seja bobo e inocente demais pensar que isso exista de fato. Mas eu acredito. Ainda acredito. Porque está doendo muito, sem dúvida. E isso me faz me sentir viva. Só estando viva, e acordada, eu consigo sentir dor.

Eu preciso dele para me sentir viva! E isso é amor.

Tudo isso que escrevi é amor. É estranho, dói e não faz o menor sentido. Mas tudo isso me move. Me comove.

É tudo um emaranhado de idéias loucas e que ficam jogadas por ai.

Sabe... o amor me deixa mais jovem.



Hoje, com quase 18 anos, eu sou sim uma versão melhor de quem eu era. Mas ainda daqui à 13 anos, eu vou amar e sonhar tanto quanto há dois anos atrás...



Meus 16 anos ficaram eternizados.
São eternos, porque eu escolhi eternizar o "meu bebê". Porque eu sempre serei a "pequena dele"... Meu coração sempre terá dezesseis anos... E para mim, nada mais importa.



Ele gostava do meu sorriso metálico.

E hoje, todos os meus sorrisos são apenas dele...


quinta-feira, 8 de abril de 2010

... ¢σм ¢σвєятυяα ...


Ah... hoje eu venho falar de sorvete... Aliás... do sorvete! Venho falar do sorvete com eles...

Hoje eu venho falar de como era gostoso olhar pra cara um do outro e correr pra sorveteria! A saudade é realmente enorme!

Será que minhas amigas se dão conta de quantas vezes afogamos as mágoas num copinho ou casquinha? Será que aquele menino que me ligava e não conseguia falar o que queria, sabe quanto prejuízo teve tentando me ganhar entre um milkshake e um sundae?

Será que todos se dão conta do que aquilo significou pra mim?

Será que a Rafaela ainda se lembra de almoçar sorvete? Será que a Hananda lembra dos nossos fichários quase caindo, e o sorvete derretendo na mão? Será que o Israel lembra de ficar depois da aula porque eeeu queria ir na sorveteria? kk

Será que o Felipe saberia me dizer quantos "litros" de milkshake eu roubei dele? *-*



Pensando bem... foram os três anos mais doces da minha vida! Com eles tudo era mais divertido, mais sincero, mais colorido...

Com o Israel e o Mateus, as estrelas lá em cima eram muito mais brilhantes. A minha cólica era muito menor. E a alegria era realmente maior. Minhas lágrimas combinavam perfeitamente com a blusa de frio do Mateus; as minhas brigas já começavam com o nome do Israel...

"Milhopan" era com a Nandah... "Xupão" era o Nicolas... E no final era tudo a mesma coisa... um salgadinho amarelo fedido, que alegrava todo mundo.

Com eles aprendi à brincar com o biscoito papa-ovo... À comer pimentinha com luvaa... À levar sucrilhos pra escola...

Com eles aprendi à calcular o peso do sorvete com os olhos, a colocar mais cobertura e granulado do que o sorvete em si. Aprendi à comprar aqueeele espaguete e pedir pra moça colocar no canal de desenho.

Com eles aprendi à pedir pra moça caprichaaar na batata-palha no sanduiche; à pechinchar até com o cara do churrasquinho da esquina.

Com eles, aprendi que me esconder na mercearia era a melhor opção. Com eles aprendi que barata não é uva passa, e que a comida do gaúcho é paraguaia.

Com eles aprendi o que realmente eu queria saber. Com eles aprendi culinária de verdade! kk



Com eles aprendi que a vida realmente passa muito rápido, e que são os detalhes que realmente importam. Aprendi que um sorriso na hora certa vale muito mais do que 32 dentes perfeitos.

Minha M.Q.! Vocês fizeram do momento mais insignificante, um instante inesquecível. Tem que ter química!





A NOSSA QUÍMICA PERFEITA!

s2

quarta-feira, 7 de abril de 2010

αzυℓ






Ah... o sorriso dele!











Confesso que não tinha como não vir aqui e falar sobre isso. Falar sobre toda a magia oculta no sorriso mais perfeito que eu já vi. Porque o simples jeito dele sorrir me deixa tranquila e agitada ao mesmo tempo.

Aquele sorriso ofusca tudo ao redor. É até engraçado ver que de repente não existe mais nada. É irônico que eu tenha visto aquele sorriso uma única vez, e ele apareça nos meus sonhos todas as noites.

Confesso que ler um livro nunca foi tão difícil. Ele estava em cada página, como se me vigiasse. Confesso que ele também está nas músicas que preenchem o ambiente. Confesso que eu morro de vergonha disso.

Eu fico vermelha só de pensar nele. Sorrio sem querer; fico com uma cara meio idiota. Mas é inevitável. Eu tento me conter mas, quando caio em mim, já não há mais o que fazer.

Eu não sei o que é isso.

Só que agora eu me vejo com uma vontade insana de colorir o mundo. Uma vontade de mudar tudo ao meu redor para muito melhor, e que eu mal consigo suportar.

De repente, passei a acordar muito mais leve; muito mais brilhante! E a vontade de falar coisas inúteis com as meninas só aumenta! Sinto uma vontade em dobro de falar que o "sol está azul", e começar a rir enlouquecidamente...

Hoje eu quero ter pra quem falar "nessa tarde o sol é só por você"; como naquela música que me embala por diversas vezes. Mas eu não acho que esteja apaixonada. Claro que não. Não é possível que eu esteja.

Sim... a gente só precisa de um segundo para se apaixonar. Mas eu passei dessa fase. Hoje eu quero um motivo. Eu não quero qualquer garoto na minha vida. Por mais interessante que ele possa ser. Eu quero um homem de verdade.

Quero alguém que me faça sentir tão viva quanto eu realmente estou. Quero alguém que me trate bem; que realmente faça com que eu me sinta amada... desejada! Quero alguém que, mais do que isso, me faça rir!

Quero alguém que ria das minhas piadas sem graça. Ou melhor, ria pela minha cara de quem deveria ter ficado calada, mas falou besteira. Quero alguém que não ria de mim; mas ria comigo!

Quero alguém que ainda não tem nome. Quero alguém que talvez eu ainda não tenha visto. Alguém que talvez nunca sequer vá me perseguir em sonhos. Quero alguém que eu possa ter.



E ele eu nunca poderei...

Mas, para mim, o sorriso dele continuará sendo o mais bonito!



*-*

domingo, 4 de abril de 2010

>>> αмσятєитια


"É a poção do amor mais poderosa do mundo bruxo!
Tem um brilho perolado, vapor subindo em espirais características ... E tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o q nos atrai"



Amortentia... De brincadeira, me perguntaram um dia qual o cheiro que teria para mim... E eu respondi sem pensar duas vezes... Um ano e meio depois, me fizeram a mesma pergunta. Também respondi sem hesitar.

Aí me foi exposta a resposta que eu tinha dado anteriormente àquela pergunta... Era exatamente o que eu tinha acabado de dizer. Com as mesmas palavras. Com a mesma certeza. Com a mesma dor e mesmo pesar.

Teria o cheiro dele. O cheiro da pele dele misturada com o perfume. Um perfume que eu nem sei qual é. Teria um cheiro que nunca mais senti igual.

Nada de grama, terra molhada ou pasta de dente. Nada do bolo da vovó. Nem teria cheiro de flor.

Pra mim, teria o cheiro do cabelo dele, do pescoço dele. Seria um odor único. Algo que representasse tudo o que fomos.



Para muitos, teria um odor que lembrasse a infância; ou que desse segurança. Mas para mim, seria um odor que me tiraria o fôlego e o chão. Que me deixasse completamente vulnerável à todo e qualquer mal. Seria o último odor que eu gostaria de sentir novamente.

E por isso me atrairia tanto. Porque seria algo que de fato eu não só não esperava, como algo que eu não conseguiria ter novamente. Um odor que entraria pelos meus poros, que caminhasse por debaixo da pele; que corresse pelas minhas veias; que pulsasse unido ao meu coração.

Um odor envenenado. Que destruísse aquilo que está em contato. Um vapor tóxico, nauseante. Um brilho perolado indicando perigo. Seria tudo o que eu mais odeio.

Aos poucos, eu já nem mais pensaria. Já estaria completamente envolta pelo perigo. Mas meu coração não pararia. Muito pelo contrário, bateria acelerado. Cada segundo mais acelerado. Bateria muito, mas muito forte. Desesperado, como se morresse aos poucos.

E eu provaria enfim daquela tentadora cápsula maldita. Meu coração a imploraria loucamente, como se fosse explodir à qualquer momento. Minha mente trabalharia apenas em função daquele sentimento.

Aí viria a calma, e ao olhar para a imagem de meu recente amor, eu teria certeza de que sempre fôra ele e mais ninguém. Eu sentiria tudo muito intensamente. Tudo soaria de forma doentil e encantadora.

E enfim eu poderia viver um outro amor. Mesmo que forçado. Mesmo que sem que eu pudesse me desvencilhar de tudo aquilo. Mesmo que meu livre arbítrio fosse completamente extinto ou ignorado. Mesmo que eu necessitasse de um forte antídoto para enfim voltar à ser eu mesma.

Por isso eu afirmo. Amortentia é sim uma poção muito poderosa. Ela não é capaz de criar o amor, mas uma paixonite aguda das fortes... Sim, ela poderia ser perigosa para muitos. Mas para mim, ela seria fatal!

Seria fatal porque o simples odor exalado seria um veneno tão forte - mas tão forte - que serviria como uma espécie de anestesia, ao mesmo tempo que me destruiria. Seria tão leve, que seria extremamente tentadora. Irresistível.



E, pensando nos efeitos finais, talvez valha o risco. Talvez valha correr o perigo de me perder dentro de mim mesma; nas lembranças nauseantes causadas pela poção. Talvez a simples idéia de enfim poder viver um novo amor possa me mover um passo adiante, me tornando capaz de esquecer o que já vivi.

Se para conseguir viver novamente, eu preciso antes ser enfeitiçada; encantada por um outro alguém... eu aceito. Eu quero, e mais do que isso, eu PRECISO mudar.



Eu vou lutar até o fim! Até recuperar o último pedacinho de mim que permanece fugindo da realidade. Até expulsar o último pedacinho dele de dentro de mim!



Na minha vida, não há mais espaço para ele.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

*** σ ναℓєтє ∂є ¢σραѕ ***

Amor, eu sinto a sua falta... E a falta é a morte da esperança.






Será que o amor foi só um jogo? Será que é, e sempre será apenas um jogo?? Eu não quero acreditar no amor como algo frio, calculado e apenas isso... Mas esta é a única desculpa possível para me explicar o que houve e o que ainda há.

Talvez seja duro crer no amor como um jogo de tabuleiro. Pode ser difícil conseguir se enxergar como uma peça a se movimentar em um único sentido o tempo todo. É horrível imaginar que talvez, nosso único objetivo seja derrubar o rei adversário. É insensível ensaiar uma forma de agir.

Pode ser que este seja o maior erro da humanidade. Pode ser que este seja o meu maior erro.

Talvez o meu erro tenha sido em agir por impulso. Em ver pureza nas palavras que escolhi usar, e enxergar toda a beleza deste mundo nos olhos dele! Talvez o meu erro tenha sido apostar todas as fichas em algo que nunca se pôde ser pensado. E que nunca poderá ser medido.

Meu erro foi amar de verdade. Sem medidas ou medos. Sem limites.

Talvez o maior problema tenha sido eu não ter visto problema algum.

Talvez eu não tenha respeitado um certo perímetro. Talvez o meu peão tenha andado na direção errada ou mais do que devia. Ou talvez nosso amor não tenha sido feito para ser jogado em um tabuleiro.

Nossa história foi vista nas cartas. "Os Amantes". Um homem, duas mulheres. Um casal. Uma escolha; ou o pecado.

Então... um amante. Um valete. O Valete. Para uma moça, o valete de copas indica o seu pretendente. Mas esta mesma carta indica o amor infeliz; a traição por falsos amigos.

O Valete de Copas. A carta mais bonita de um baralho. Sempre foi a que me atiçou mais a curiosidade. E eu me vi apaixonada por ele. Me vi completamente louca; completamente entregue em suas mãos. Eternamente sua dama.

Esta é a carta que indica o amante; o amigo. O amante-amigo. Alguém que nem sempre lhe é confiável.

E eu confiei nele.

E agora já não adianta. Por mais que eu embaralhe as cartas, que eu as atire longe; até que eu as queime... o valete de copas me persegue. Por que não o rei? De espadas, ouros, paus ou até mesmo copas. Mas por que valete?

Eu queria ser a dama que ele precisa. Talvez, como na música, ser a dama de ouros. Mas eu não sou. Sou talvez um dois, três, quatro ou cinco de qualquer naipe. Ou naipe nenhum.

Eu sou só mais uma carta. Talvez realmente a Dama de Copas. Ela, que exprime a pura essência de todo o seu naipe. Ela que é a como a água e que não consegue ser contida. Firme. Forte. Decidida. Sem nunca deixar de ser uma verdadeira rainha.

Mas, ainda assim, presa. Submissa. Destinada sim ao Rei. Mas amando enlouquecidamente e eternamente o mero valete.

Acho que formamos uma trinca. Mas talvez não haja um rei para nos completar. O Valete nos trouxe ela. E ela é o curinga. Mais do que uma substituta; uma carta valiosa.

Não há mais como lutar.





Logo serei mais uma no topo do monte de descarte...

... E não sei porque ele ligaria para isso.