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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ṿεɾṃεlhø

Um amigo, cujo nome prefiro não usar [para dar um toque menos pessoal ao texto] me perguntou qual minha cor favorita. E é claro que não foi preciso mais que um segundo para que eu respondesse: VERMELHO!

E então ele me perguntou o porquê. E é sobre isso que vou falar. Sobre o que eu entendo dessa cor. Sobre o porquê de eu a adorar tanto.



Vermelho... enfim, que cor é essa?

Pra mim, é um eterno paradoxo.

É a cor mais quente, mais viva, mais perfeita. É uma cor aberta, sincera, e que nos move sempre além do que acreditamos ser nosso limite. É como as pernas que nos movem, e como os braços que nos acalentam.



O vermelho é para muitos, a cor do amor. E embora eu nunca vá deixar de considerá-lo com tal, hoje vejo que é também a cor da desilusão e do ódio. O vermelho é a cor do sangue. Do sangue que corre ardente nas veias e daquele que já foi derramado.

Vermelho é uma cor quente, mas também fria. Calculista.



Vermelho é uma dança que te envolve, que te impede de fugir. Que te segura e te convence. Vermelho é um vício. Meu vício.



É a cor dos teus olhos em meus sonhos. Como uma droga, uma cura. Um monstro, um vampiro. Os olhos da caça e do caçador.



Vermelho é a cor dos meus olhos. Vermelhos de tanto chorar.





Vermelho é o vazio que restou entre nós.