Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ilegais

Hoje mais cedo fui perguntada sobre um novo post aqui. Mas disse que me faltava inspiração. Mentira. O que me faltava não era inspiração; era coragem para falar do que eu tinha medo agora.

Mas, na esperança de transformar meu monólogo em diálogo, resolvi não me referir desta vez àqueles que gostam dos meus textos. Vou me referir à você, que certamente vai preferir não ter lido nada disso.


É sexta-feira 13 e eu até esperava um pouco de azar. Mas alguns "azares" - assim como alguns "infinitos" - são maiores do que os outros. Azar mesmo é te perder duas vezes em um só dia. E me perder a cada vez que me vem à mente que acabou.

Você deve achar que eu falo demais. A questão é que eu penso demais. E, às vezes, os pensamentos são tantos, que preciso compartilhar. E você me fazia tão feliz que eu precisava espalhar felicidade pelo mundo. É bobo, eu sei. No entanto, eu só queria te fazer o bem que me fazia. Pelo visto, não fui capaz.

A culpa não é sua. Nem minha, na verdade.


A verdade é que eles sabem sobre você (nós). Que eu gosto de falar, porque gosto de pensar em você e reviver por instantes que existia "a gente", mais do que "eu" e "você". E você não ter dito sobre mim definitivamente me chateia. Destrói todas e quaisquer esperanças infantis e fantasiosas que eu poderia criar.

Você não falar com eles sobre mim faz com que eu pareça algo errado. E que você jamais poderá me ver como a certa.

Eu acho que já cheguei lá. Que, quiçá, fui rápida demais. Então pra mim fica complicado esperar você. Talvez você nunca chegue, nunca tenha as certezas que tanto preza. Eu só queria que você soubesse valorizar nossas dúvidas...

Esperar você é como te ter pela metade. Nunca ter os extremos, a insegurança. E quando você gosta realmente de alguém, você quer correr os riscos. Eu queria poder corrê-los. Mas você quer ficar parado. 


Contudo, você parece não saber que a graça no vento é deixar que ele te leve. Que quando ele passeia pelos seus cabelos e te beija o rosto, ele deixa um pouco da leveza e da liberdade dele próprio em você. Quanto mais rápido você vai, mais livre você fica. 

E eu queria que pudéssemos nos sentir livres juntos. Mas você parece ter medo de cair numa prisão.


Você disse que gosta de mim como eu sou. Sou assim. Sentimentos e palavras. Sou dúzia de verdades numa folha de papel. Sou uma centena de sonhos que te convido, em vão, pra sonhar comigo. Sou tudo. Menos uma coisa. Faltou ser sua. E eu tentei.

Mas eu estou disposta. A te dar tempo e vento, se é o que precisa. Você está disposto a me dar algo também? Segurança? 

Se eu te faço feliz, compartilha tua felicidade também? 




"Quando decidir, faça-me um sinal
Eu estarei apta
Pra ser sua e pronto
[...]
Tu tens asas para voar
Mas, eu te esperarei aqui."
- Djavan