Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Looking Back...


Sabe... eu estava pensando em tudo o que já escrevi aqui... Sobretudo, na última postagem... Questionei seguir em frente. Questionei se talvez, tendo escrito tudo aquilo, eu poderia então me desvencilhar do passado.

Mas o fato é que não é assim tão fácil. Não quando o passado permanece assim; tão presente! Não quando, na verdade, eu não disse tudo o que está dentro de mim.

A verdade é que para seguir em frente, eu devo antes desejar isto. E eu não sei se quero. A verdade é que eu não quero um homem... eles existem aos montes por ai... O que eu quero mesmo é uma paixão. Paixão de verdade, avassaladora.

Na verdade, pra mim não basta que essa tal paixão seja um homem. Tem que saber ser o homem! E é aí que as coisas se complicam...

Eu me cansei daquela história de ficar por ficar; de ficar pra conhecer melhor; de ficar enrolando... Eu não sou desse tipo. Sei diferenciar as coisas, mas é tudo tão vazio...

Eu sou do tipo de garota antiquada que quer apresentar aos pais, quer conhecer a família... Sou do tipo que pega a primeira sessão no cinema, e coloca a cabeça no ombro dele... Sou do tipo que fica horas no telefone; que gela ao ouvir seu nome; arrepia ao sentir seu toque; e queima durante o beijo...

Sou do tipo de menina que ainda sonha, faz planos e às vezes tem vergonha de admitir. Sou do tipo "extrovertímida"... Sou feliz, brinco muito... Amo meus amigos e faço questão de demonstrar.

Converso com todo mundo sem rodeios. Mas com os caras que eu não conheço bem, em geral, sou assustadora. Morro de vergonha. Sou meio anti-social, sei lá... É até engraçado.

Só uma vez não foi assim. Eu me senti à vontade desde a primeira conversa. Era como se o tivesse conhecido a vida toda. Foi como se passássemos horas e horas conversando todos os dias desde que aprendemos a falar. Foi como se já tivessemos compartilhado o silêncio. Era ele e eu não tive dúvidas.

Com ele tudo foi simples, tudo foi acontecendo de uma forma gostosa, tranquila. Ele era o tal "genro que papai sonhou"... E se não era, eu estava empenhada em mudar o esteriótico de homem perfeito pra mim, que talvez meu pai tenha montado.

E de fato tudo se desenrolou da melhor forma possível.

E hoje, embora eu até pense no assunto, eu não consigo simplesmente aceitar qualquer garoto como um caso sério. Não consigo sequer imaginar outro garoto rindo dos meus CD's que eu comprei por impulso [e embora morra de vergonha, ainda adoro]; ou comentando sobre o número de sapos de pelúcia ou sobre o tamanho da minha girafinha também de pelúcia.

Parece que garoto nenhum no mundo merece que eu o leve assim à sério. Parece que nenhum deles merece ocupar o lugar que meu ex ocupou. Porque esse lugar ainda tem o cheiro dele. Porque o meu corpo ainda está moldado pelo corpo dele. Porque tudo o que sou ainda reflete tudo o que nós dois fomos.

Sei que tudo isso soa de forma insensata; irracional... Mas em todos os garotos, eu só vejo o jeito dele de andar e falar. As outras bocas têm o seu gosto. E nos meus sonhos ele ainda vem me beijar.

Sei que é loucura. Sei que é ridículo. Sei que as pessoas falam mal pelas costas. Mas ninguém nunca foi e nem nunca será nada como nós fomos. Como ele foi para mim.

Nada nunca será tão forte. Nada nunca será tão verdadeiro. Nada nunca será do tamanho do meu sentimento. Nada nunca será tão bom quanto o jeito dele me abraçar.

Minhas mãos nunca se encaixarão nas mãos de outro cara. Porque elas ainda se sentem presas às mãos dele. Porque elas ainda se encaixam perfeitamente.

...

Pensando bem... Pensando nele... Pensando sobretudo em mim... É completamente aceitável que eu prefira uma vida amorosa inexistente.

...



Porque...
Quando a gente encontra a pessoa certa, é ridiculo sequer cogitar se envolver com a pessoa errada...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Me despreze. Me odeie.

Vou começar deixando bem claro que a maioria das pessoas vai odiar o meu post de hoje... Eu sei bem que vão... sei até quais pessoas...

Vão falar que estou me rebaixando ao escrever sobre e para ele. Vão falar que eu já devia ter seguido em frente. Ele próprio vai me achar uma idiota caso leia.

Mas eu quero e vou escrever ainda assim!




Hoje o assunto é: João Lucas. Não é bem uma novidade que o assunto seja ele, mas hoje vou deixar bem explicito logo no começo... assim, quem não quiser ler, que desista no início.

Talvez eu esteja escrevendo o mesmo de sempre... Talvez seja só pra falar que eu ainda o amo como quando o conheci. Mas talvez seja pra falar que hoje ele está me machucando muito mais do que foi capaz em qualquer outro dia!

Ele mesmo deve estar machucado. Espera-se que, após certos acontecimentos, ele esteja. Mas eu não tenho nada a ver com isso e estou me sentindo estupidamente mal.

Talvez eu devesse estar até radiante. Talvez eu realmente tenha ficado radiante ao saber do "fim". Mas eu não estou nada bem com o "meio". O "meio" da história o afeta, e me afeta também. Isso me detona.

Eu estou escrevendo aqui porque eu sei! Sei que tenho que seguir minha vida sem olhar pra trás. Sei que devo deixar pra trás o que pertence ao passado. Mas eu queria me esquecer de mim mesma!

Está tudo doendo. Minha cabeça doi; meu corpo inteiro... MInha garganta está entalada. Eu quero chorar mas as lágrimas não descem. Está difícil respirar.

Minha alma está se sentindo presa no meu corpo, como se não fossem perfeitos um para o outro.

De repente, nada parece sequer encontrar o que é perfeito para si.


As pessoas estão me detonando. A cada segundo, me decepcionam mais e mais. Eu pedi pra eles se cuidarem. Um do outro. Mas eles não fizeram isso. Eu esperava que fizessem. Minha alma esperava.

Minha mente torcia contra o que eu falava. Meu coração parecia não querer falar mais comigo, de tão chateado que já estava. Eu traí meu corpo e mente. Mas agora que a voz da razão decretou que estava certa, meu coração está sofrendo.

No fundo, bem no fundo, meu coração e minha mente pediam a mesma coisa. Estavam em sintonia, sem que eu soubesse. Mas agora que eu sei, preferia que nada tivesse sido assim.

Eu estou me sentindo culpada até pelo que eu nem sequer poderia um dia ter alguma culpa. Eu estou sentindo como se tivesse traído a confiança dele. Mas eu acho que ele não confia em mim.

Este post talvez seja o menor e mais ridículo que já escrevi. Não é nem de longe um dos melhores. Eu nem sei se foi completamente sincero. Eu não sei como descrever o que estou sentindo.

Mas eu escrevi por e para você, João. Para pedir desculpas. Para dizer que sinto muito. Para dizer que tentei sobreviver. Para dizer que isso só me fez morrer por dentro. Para dizer que isso fez de mim uma casca vazia.

Escrevi para dizer que tentei te esquecer. Para dizer que falhei. Para dizer que talvez hoje eu te ame mais do que qualquer outro dia eu pude amar. Escrevi para dizer que me sinto patética ao me expor assim.

Eu escrevi para dizer que pode me culpar se quiser. Eu escrevi porque talvez seja melhor você me odiar. Me odiar pelo que eu não pude fazer para te proteger. Me odiar por eu nem mesmo ter podido proteger a mim mesma.

Peço-lhe ódio. Porque pra ti dedico todo esse patético amor.