Este texto não é uma declaração. É um desabafo.
Este texto é sobre perdas e ganhos, sobre expectativa versus realidade. É sobre tudo que se sente "de cara", de repente, e fica sempre em nós. Sobre empatia. Este texto é sobre aquela sensação de não estar feliz nem triste; ou sobre sentir ambos ao mesmo tempo.
E este texto é para você, com carinho.
Você já olhou para uma pessoa e conseguiu sentir uma ligação imediata? Já enxergou potencial, um futuro grande amigo? Já encontrou conforto nos olhos de um desconhecido? Você, ao ter esse olhar retribuído, se sentiu completamente sem defesas, completamente imerso na imensidão daquele breve intervalo de tempo? Do tempo, como se ele tivesse parado de correr?!
Ao responder minhas próprias perguntas, acho incrível que não possamos acreditar em magia. Porque eu, olhando daqui, acho simplesmente encantador o poder do acaso.
Você me perguntou se eu tinha fé. E eu lhe devolvi a questão: "fé em quê?", como se eu fosse totalmente descrente. Naquele instante, eu tinha fé em você, como só se dedica a um mero ser humano. Fé nas possibilidades; já que foi uma soma delas que me colocou ali. Aqui.
Este texto é sobre dúvidas e certezas. Sobre a incógnita por trás de tudo isso, sobre o valor de x. Este texto é sobre te hipervalorizar. É sobre eu estar sempre na defensiva diante de você; sobre como eu não consigo sustentar meu olhar perante o seu. Este texto é sobre vulnerabilidade.
E eu já deveria estar acostumada, tendo em vista tudo o que já escrevi por aqui.
E este texto vai ser breve, porque tempo não é algo que me caiba mais. É algo que você também já não tem. Este texto é só pra dizer que é de você que eu gosto mais.
E que eu estou feliz por você, não por mim.
"Este texto é sobre um cara bacana que acabou se tornando um mito."
E, de acordo com o dicionário, mitos deveriam ser apenas simbólicos.
Enquanto eu queria que fossem reais.
