Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Eɾɾʌɗʌ є́ ʌƭє́ ʌ ʛɾʌƒɪʌ ɗơ ƭєυ ɲơɱє

Nunca pensei que diria isso, mas me arrependo. Me arrependo total e completamente do dia em que pus os olhos em você. E, se possível, me arrependo dúzias de vezes mais da noite em que pus meus lábios nos seus.

Achei que, após tanto tempo, estava ganhando alguma coisa. Mas beijar você foi meu fracasso. Tocar você foi o começo do fim; e pela primeira vez eu digo que preferia que isso tivesse acabado sem nunca existir.

EM MIM...


E agora eu me sinto uma idiota por me importar. E incompleta, ao esperar que um dia tudo aquilo que eu disse se concretize. Ao pensar que expectativa e realidade possam coincidir. Você é a prova viva de que coisas assim não acontecem.

De que coisas boas não acontecem para mim. Só erros como você e o (maldito) sorriso que me enfeitiçou. Amaldiçoou.

Sonhei. E hoje vejo que melhor seria ter tomado um remédio para dormir. Você se tornou um pesadelo, e eu evito pegar no sono, na tentativa vã de que você não mais exista.

Nem persista por um perdão que não vem.

Nem por uma culpa que também não há de vir.

(PARA NÓS DOIS.)


Agora estou só esperando para ver o azul. Do céu; do novo. De olhos que só existirão para me inundar. Pra trazer chuva; para tirar essa água que insiste em viver nestes meus olhos.

Estou esperando você me dizer o que espera de mim. Sem usar nenhuma palavra ou ação. Quero que me diga, em silêncio e solidão, que não espera absolutamente nada de mim. E pare de esperar de si mesmo o que não tem para oferecer (parece que também tem fracassado).

Do mesmo modo, eu pareço ser uma maldição para você? Ou você só sabe o quanto foi errado pra mim? O quanto tudo foi errado para todos?!

Um dia você vai sumir. E vai levar tudo de ruim que emana desse seu suor.


Vou continuar esperando. Ouvindo canções que só souberam dizer algo quando tirei meus olhos de você. Quando parei de ouvir sua voz e as mentiras - em forma de palavras - que a acompanhavam. As músicas só puderam me dizer o que tinham de dizer, quando estive pronta para escutar.

E, à partir daí, escrever um novo rumo para minha vida. Um rumo que não te inclui de nenhuma forma. Porque de ti não quero nada: amor, piedade ou amizade.

Aprendi que só posso pedir à alguém o que ele pode me dar. E que não preciso esperar você aprender; nós não somos mais crianças e você deveria saber.


Não acredito em você. Em nada do que diz e na ideia de que possa sentir alguma coisa. Não acredito que, apesar de tudo, você ainda se superestime tanto e me subestime ainda mais. Você realmente acha que eu sou uma menina.

Não acredito em mim. Na ideia de que eu possa não sentir nada, e em estar te dizendo tudo isso. Não acredito que, apesar de tudo, eu ainda espere por mais do que você simplesmente ir embora. Eu realmente achava que você era um homem.

EU QUERO QUE VOCÊ SAIBA QUE ESTÁ ENGANADO.


Quero que saiba que não me enganou.

Que eu me arrependo de - mesmo não acreditando - ter ido além das barreiras que eram quase físicas.

Que me dói ter que construí-las novamente, com um material ainda mais forte.

Porque física também é a dor que me consome toda vez que ponho meus pensamentos em você.


E você põe sua hipocrisia em mim.