Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

domingo, 20 de novembro de 2011

Eduardo sem Mônica

Quem diz que não devemos nos afastar nunca do que nos faz feliz, na minha opinião, é um ser extremamente hipócrita. Como não saber que às vezes o que nos alegra tanto é apenas por um momento; como não saber que isso vai passar em um instante e nos destruir?

Nós, às vezes, PRECISAMOS nos afastar do que nos motiva à sorrir. Algumas músicas devem se calar; livros devem ficar no fundo do armário; roupas devem ser doadas. Memórias apagadas.

E (por pior que possa parecer) muitas vezes, devemos nos conformar que certas pessoas vão sempre estar em nossos corações - mas devem sair de nossas vidas. Porque estes sorrisos que elas motivam logo se fenecerão; e será que vale a pena sofrer muitas e muitas vezes por aquilo que devia nos fazer desejar seguir em frente?



Hoje vou falar disso. De alguém que entrou na minha vida como se nada mais importasse. Como se esta calmaria não fosse o que mais desejei por anos. Como se toda a mudança que ele impulsiona fosse trivial. (Será que ele acreditava mesmo que fosse tudo isso muito comum? Pra ele, a forma que nos conhecemos e nos parecemos é realmente simples?)

Sei que posso não falar as coisas certas, e que tudo isso pode parecer estúpido ou não fazer sentido. Mas afinal, eu nem mesmo sei se deveria fazer. Nada disso faz.

Ele aparecer numa tarde comum, num lugar improvável, beirando o impossível... Tudo isso já bastaria para fazer com que eu pensasse. Mas ele  parece entender meus motivos loucos, adorar meus filmes "estranhos" e músicas "velhas"... 

É como se eu tivesse escrito seu roteiro...



E cada um daqueles minutos ouvindo ele rir ao telefone; cada vez que jurei não o chamar - e chamei -; cada mínimo detalhe que me foram pondo dependente dele... tudo, absolutamente tudo, me fez questionar o que ele me dissera outrora. "Mostrar que se importa é demonstrar fraqueza?"

E se eu fazia o que esperava não fazer, é porque nunca acreditei nisso. É porque - ainda que lutasse contra o que não me parecia racional - eu nunca consegui ver o "gostar de alguém" (seja como for) de forma boba. Pra mim, fraqueza é agir como se amigos não merecessem um "eu te amo"; como se a gente não devesse pagar micos vez ou outra; como se cine-pipoca fosse besteira.

Pra mim, admitir que você "PRECISA" de alguém pra ser feliz é o que nos faz mais forte. Porque SIM, deve ter uma certa beleza em dominar as suas fraquezas. Em viver apesar delas; ao invés de "em função delas". Dizer para uma pessoa que ela foi a melhor e também a pior coisa que lhe ocorreu em tempos não é fácil. Admitir que terá de se afastar do que vai lhe aparecer ainda em sonhos é quase impossível.

Embora seja necessário.




- Dizer "adeus" à você, quando nunca quis dizer "tchau", no entanto, não foi ser forte. Muito pelo contrário; tudo o que eu disse até aquele momento é o que me fazia o mínimo forte. Me despedir (e ir) foi a coisa mais covarde que já fiz.

Peço desculpas por isso. Peço desculpas por tudo o que leu nesta postagem insana. Sei que nada fez muito sentido. Sei que as palavras não se encaixaram umas nas outras, mas foi o que o deu pra fazer. 

Simplesmente foi fluindo... Desta vez, com mais força do que da última.

Talvez não mereça perdão. (E talvez, por pedi-lo, eu esteja me contrapondo à tudo que disse anteriormente). 

Mas... quer voltar à ser meu zumbi favorito? E, quem sabe... esbarrar em mim, por ai?