Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

♫ ÿøυ αɾε τhε øṉlÿ εχсερτïøṉ ♫

Oi seguidor. Quanto tempo, não?

Há tempos que me escondo dentro de mim e guardo esses pensamentos que, as vezes, acredito ser mais fácil ignorar. Mas eu sempre digo que toda dor se ameniza quando dividida, então estou aqui para fazer isto.

Andei pensando, andei cansada. Disso, daquilo... de mim. Cansada de travar longos diálogos comigo mesma pois, na verdade, tudo que eu dizia me iludia. Eu jurava que tudo no final daria certo, e eu não quero ter que esperar pelo final! Não é justo.




E a cada palavra que eu dizia na tentativa vã de me encontrar, eu ia me perdendo. Perdia a cada segundo aquela essência de menina que procurava, que mexia; que queria entender. Eu fui acumulando sonhos, atrasando metas. Eu fui esperando que as coisas acontecessem.

E na verdade, não aconteceram. Os dias amanhecem da mesma forma, e se despedem de mim como se não fosse importante. Os dias passam e passam, sempre da mesma maneira. E é como se me obrigassem a tomar decisões para as quais ainda não estou pronta.

Quer dizer, eu acho que não. Até porque, como descubro a hora exata de colocar tudo a perder? Como tentar ser a garota certa, se nem eu tenho certeza disso? Como dizer o quanto me importo, se eu ainda tenho medo de admitir para mim mesma? Como não querer sumir?

Como procurar respostas, sem antes saber o que perguntar?



Bem, eu rezei muito todas as noites. Pra me encontrar ou permitir que ele me encontre. Rezei para encontrar a saída. Pedi. Implorei pra saber o que fazer. Pedi tantos sinais, que até a forma das nuvens me enlouqueceu. As músicas dançavam sozinhas pela minha mente. As cores se perdiam antes que eu as assimilasse.




Eu fui perdendo o sentido, a razão. Eu fui, pouco a pouco, entregando os pontos. Fui admitindo, ainda que sem querer. E hoje sou totalmente confessa... ainda que queira negar.


Porque cada palavra que digo soa como o nome dele. Porque cada sorriso bobo que dou na rua é por pensar em coisas que, talvez, só existam na minha cabeça. E até aquela música insuportável ganha espaço. Porque, ainda que eu me deteste por isso, ele ocupa todo o espaço que há em mim.




Ele une todas as coisas. Coisas que ele separou quando chegou.

Ele conserta o que eu queria poder dizer que foi ele quem destruiu.

Ele é a única coisa que faz sentido. E a única coisa que eu queria deixar pra lá.






Eu não sei como encontrar a resposta. Mas hoje eu sei qual é a pergunta...

Como encontrar alguém que não quer ser procurado?