Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

goѕтo de olнoѕ qυe ѕorrιeм

Bom... O que define o que é amor verdadeiro e o que é só mais uma paixonite aguda? E, pra ser sincera, qual a importância de se ter certeza disso logo de início? Qual a graça se não podemos nos jogar de uma vez, e até mesmo quebrar a cara?

Eu acredito - e sempre acreditei - que a graça toda era entrar num relacionamento (amoroso, pura amizade... o que for) sem saber onde vai dar. Sem saber se depois de dois ou três meses nós ainda nos falaremos ou odiaremos a voz um do outro. Sem saber se a gente vai se amar pra sempre, e ter um "final feliz". Acho que o bom é ter alguém com quem a gente acredite que, na verdade, a história de "final feliz" é uma mentira deslavada! Alguém que - a cada dia - nos faça acreditar mais e mais que, se é pra ser feliz, não tem final!



Alguém com quem se aprenda TODOS os dias, e não de uma única vez.

Eu acredito que o ideal seria a gente conhecer alguém de verdade. Alguém que nos faça gostar - ainda que sem saber - dos seus cinco sorrisos e seis olhares. Alguém que tenha a careta de que você mais gosta, e tenha seu próprio bordão. Alguém que saiba te deixar sem graça durante uma aula expositiva, e que mande embora o sono que surge naquela aula com o retroprojetor.



Eu acredito que todo mundo um dia descobre alguém que fique bonito destilando um pouco de veneno, e que seja divertido até mesmo quando zoa você. Acredito que sempre terá alguém que desafie a lógica e tudo em que você acredite. Sempre há.

Há aquela pessoa que, embora ande de forma desengonçada, consegue te encantar quando caminha - sobretudo quando caminha ao seu lado. Há a voz rouca, que você sempre imaginou que seria doce (quase aveludada). Há o ombro que parece moldado perfeitamente com seu rosto, como se esperasse a vida toda pelo momento em que se encaixariam.



E há a pele. Aquela pele quente, e realmente macia. A pele que parece elétrica; que te dá pequenos choques ao te tocar. A pele que exala um cheiro único. Um cheiro que entra pelas suas narinas e num segundo já invadiu todo o seu corpo. Um cheiro que parece correr nas veias, como tudo mais que ele transmite.

Há a vergonha... a timidez; a voz que teima em não sair; o sangue que resolve - de repente - se instalar completamente na sua bochecha, conferindo à você aquele tom "tomate maduro".





Qual a graça de saber logo no começo que vocês não vão estar juntos daqui à 50 anos? E, quem sabe, correr o risco de perder os próximos 49 anos e 11 meses mais incríveis?

A graça é viver o agora! Porque você sabe o que já viveu, e só Deus sabe o que viverá! Cabe a você, portanto, viver o presente instante.

Se não fosse assim, o hoje não se chamaria PRESENTE!

E a paixonite? Será amor??

Espero que um dia seja. E que venha então o "final feliz". Final. Afinal, ele sempre me diz que nada nunca foi nem nunca será perfeito.