Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

domingo, 24 de julho de 2011

ε ρεlø ṃαɾ ḋø ṡυl - αʐυl ïṃεṉṡïḋãø


Há tempos, um amigo pediu que eu escrevesse novamente aqui. Ele achava que estava meio abandonado, e eu concordo. Mas eu continuava deixando pra depois, até hoje... que eu tenho vontade de escrever novamente. E tenho inspiração.

E então esse amigo me pergunta: "Vai escrever sobre o quê?" - Ah, meu caro. Vou escrever sobre o que sei escrever...

Vou escrever sobre o amor e sobre sorrisos. Sobre o menino do sorriso. Sobre o sorriso.

Eu tenho uma verdadeira queda por sorrisos. Até a palavra me é encantadora. Sem a necessidade de um em particular.

Sorrisos são doces. Sorrisos são as essências de seus donos; a mais bela expressão da alma. (Por mais cafona que isso possa parecer.)


O sorriso dele nem precisa ser completo. Um mero sorriso de canto já encanta. Talvez por sua alma já me ter cativado, ou pelo conjunto perfeito que faz com aquele olhar que ele nem deve notar.



É algo que parece te chamar de "louca", ao mesmo tempo que parece te implorar pra não mudar. É um conjunto viciante. É como um vinho muito caro, que você não tem condições de comprar sempre, então guarda para ocasiões especiais. Toma um pouco por vez, moderadamente.

Até que um dia algo excepcional acontece (bom ou ruim), e você se embriaga.



O sorriso dele é assim. Tão raro pra mim, tão inalcansável ("você é o ser mais interessante e mais inalcansável que eu conheço"), que eu me permito ficar contente com sua mínima intenção de sorrir. E quando ele ri um riso aberto... ah... é como se eu me embriagasse neste sorriso. Como se eu tomasse cada detalhe para mim. Parece que será a última vez. O último sorriso.

Em geral, hoje direi pouco. Muito pouco. Ainda não encontrei as palavras certas para descrever um sorriso inédito como o dele. Ainda não encontrei as palavras certas para descrever a vontade de cruzar este tal mapa do Brasil (que até dias atrás, se mostrava tão desinteressante). Ainda não encontrei as palavras certas para guardar quando encontrá-lo no meio do caminho.

Ainda não encontrei coragem pra reler o que foi escrito e pra pensar duas vezes antes de continuar. Porque desta vez, o amor que escrevo é esse. O amor por um sorriso e o que nele se esconde. Esse jeito bobo de perguntar se o cabelo está arrumado, e o jeito ainda mais bobo de arrumar.



Esse amor que hoje conto talvez não seja o que me pediu aquele amigo à quem citei logo de início. Esse amor conta (e canta) o sorriso de alguém que nem devia, mas se tornou um amigo. De alguém que - como na música - me deu a mão e não pediu nada em troca. Alguém que me fez bem e me levou deste temporal.

Alguém que "escolheu" o sul de mim pra se esconder.(ou se achar)