Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mariana...


"Sabe quando você sente que é a única pessoa no mundo todo que não 'tá feliz? Sabe quando tudo parece conspirar contra você? Sabe quando você quer poder desistir de tudo e não consegue?


Sabe quando as pessoas parecem querer fazer você sofrer? Sabe quando quem você confia lhe diz que vai ficar tudo bem, e não fica? Sabe quando você quer que tudo volte ao lugar?


Sabe quando as palavras machucam mais do que os atos? Sabe quando o que você mais quer é acordar e descobrir que foi só um pesadelo?


É como se os sonhos de menina, todos, caissem aos meus pés... É como se aquela cena tão distante, de um pai que ensina sua filha a andar de bicicleta nunca tivesse existido...


É como se minha mãe nunca tivesse separado briga alguma entre mim e meus primos, quando pequenos... É como se eu nunca os tivesse, anos mais tarde, confidenciado segredos... É como se agora eu não os confidenciasse...


É como se neste instante eu não fosse mais a menina que meu pai carregava até o quarto, aquela menininha que dormia em seus braços... É como se não fosse a criança que pedia que a mãe fechasse a porta ao sair...


Mas eu ainda sou aquela garotinha que corria descalça pelo quintal...Ainda sou a neta que ouvia o radinho de pilha agarrada ao avô... Ainda sou a neta que dormia na casa da vovó...


Ainda sou a menina que sonhava acordada; que brincava de boneca; que era uma ótima aluna... Ainda sou a criança que acordava a mãe de noite, porque não consiguia dormir... Ainda sou a garotinha que odiava educação física na escola...


Só que, hoje, eu tenho força suficiente, maturidade suficiente e vontade suficiente para encarar tudo o que outrora foi necessário que fizessem por mim... Hoje não preciso mais me esconder quando acho que cometi um erro... Embora eu ainda queira me esconder...


Hoje eu tenho o 'poder' de decidir um pouco sobre mim mesma... E, às vezes, acabo não decidindo nada... Ou cometo os mesmos erros de sempre... Hoje aquela garotinha de antes não corre descalça, nem sonha acordada...


TALVEZ DEVESSE!


Hoje eu não me lembro mais do gosto da chuva, do cheiro do shampoo que tinha a carinha do mickey na tampa, nem a dor de uma unhada de uma das minhas primas; adquirida em briga...


Hoje eu não sei mais o que é sentar na areia da praia e fazer castelinhos, que logo seriam levados pela onda do mar... Hoje não sei o que eu seria se não tivesse brincado tanto!


Talvez, eu não fosse a 'mulher' que escreve às lágrimas sobre momentos que nunca mais virão... Talvez eu não fosse a menina que sonha amores impossíveis... A garota que prefere não falar disso!


Talvez eu fosse ainda uma criança... Com corpo incondizente à sua mentalidade... Talvez, se não tivesse me permitido ser criança na hora certa, eu nunca teria aprendido a viver...


Talvez eu tenha aprendido da maneira errada...


Talvez eu ainda esteja aprendendo..."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Európio...

"Sei que não tem jeito / Mas vou tentando mesmo assim / E carregando a dor de ver o que nem começou / Próximo de ter um fim!"
Hoje... Segunda-feira... Manhã... Férias...
Hoje... Sonhos... Maltratados... InFelizes...
Como crianças que de repente perdem os pais num acidente... Como crianças que nunca mais dormiram sequer uma noite inteira... Como crianças que não foram preparadas para uma perda...
Como se cada palavra que em vão eu tentasse empregar, resultasse numa perda de mim mesma, sem que eu soubesse de imediato! Como se eu pudesse me machucar somente em querer me proteger!
Hoje... É como se me mantivesse só num universo paralelo... É como um vício que me "possui" e me venera... É como se eu nem sequer tentasse fugir de tudo isso... E, de fato... não tentarei mais...
E... eu sou somente essa criança... Não que tenha perdido os pais... Mas que perdera a si mesma... Que não dorme mais... Que já não sabe o que fazer...
Que não teme! Que não tem o que temer...
Que sofre... Sem saber porque...
Sou menina...
"Sei que esperando / Eu não vou te convencer / A vir até a minha boca / E ver o que pode acontecer..."

sábado, 12 de julho de 2008

Telúrio Amerício Oxigênio...


"Estive pensando nesse último mês em muitas coisas... Sobre pessoas que se vão e não voltam... Em dias que passaram e que nunca mais acontecerão... Como um cometa que raramente aparece... Mas que deixa em cada um que o presencia, uma mensagem única...

Acho que o cometa que passou em mim veio me ensinar uma palavra nova pro meu dicionário... A palavra? NÓS!

No começo tive medo... Afinal, palavras pequenas tem maior peso; significam mais... Aí fiquei imaginando... 'Em que esta palavra pode mudar quem eu costumava ser?'

Cheguei a conclusão de que ela não iria me influenciar apenas, mas a todos os que eu poderia ensinar essa palavra... Resolvi então, passá-la adiante...

Envolvi minha família; meus amigos... E antes que eu pudesse ver algo ruim nessa singela mudança... Incluí a pessoa que mais importa na minha vida... Não acho que ele tenha recebido ainda a visita do tal cometa, mas eu notei que em mim tudo mudou! O 'nosso', sobrepõe agora, o que anteriormente fôra somente 'meu'!

Dessa vez eu não agi por impulso, só pelo querer... Tinha mais do que somente minha simples ação ligada a minha resposta teórica... E, na prática, tudo estava muito diferente...

Gosto disso...

Passei a ver mais sentido naquilo que antes não parecia nada... Passei a sonhar mais acordada e a almejar sorridente uma luzinha azul no celular... Conheci o sentido da frase: 'Sem ele não tem graça!', e passei a concordar cegamente!

Por ele e para ele é que estou aqui agora... Porque sei que onde quer que ele esteja, ele vai saber do que estou falando...


Porque sei que em qualquer lugar ele entender o valor de minhas palavras...


Porque quem é 'muso' uma vez, é 'muso' sempre!!


Porque quem é amado sabe quem ama..."


E, INDEPENDENTE DE TEMPO E ESPAÇO... EU TE AMO!


E VOU TE ACHAR...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Melhor amigo...





"Se lembra de quando a gente sonhou viagens de trem; passeios a pé? Se lembra quando brincamos no meio da rua e brigamos depois? Se lembra da gente de mãos dadas, deitados, contando estrelas?


Se lembra de como era feliz? Se lembra como a gente planejava tudo?


Se lembra de quando você ficou estressado comigo e eu te pedi desculpa mesmo tendo razão? Se lembra de como abri mão de um monte de coisa para não te chatear?

Se lembra do dia em que me xingou por eu ter voltado com ele? Se lembra de como eu sorri quando percebi que tinha feito a coisa certa terminando? Se lembra de como você sempre dizia que só queria me ver bem, e as vezes me deixava mal?


Se lembra de como a gente amadureceu assim, tão crianças?


Se lembra de ter me abraçado forte, como se me protegesse? Se lembra do quando nos protegemos, um ao outro? Se lembra quando deixou que eu chorasse em seu ombro?

Se lembra dos apelidos e jeitinho maluco com que nos referíamos? Se lembra dos comentários que fizeram? Se lembra de quando começamos a nos tratar como irmãos, e chegaram a acreditar?


Se lembra de como tudo se encaixava perfeitamente?


Se lembra de quando eu disse que te amava? Se lembra da sua reação de surpresa, embora já lhe houvessem contado? Se lembra de quando eu prometia não desistir de nós?

Se lembra de quantas vezes você demonstrou reciprocidade e negou? Se lembra de quando admitiu? Se lembra de como fiquei arrasada quando tudo mudou? Se lembra dos diversos 'gelos' e comentários maldosos?


Se lembra de quando eu quis te matar?


Se lembra de quando outro garoto apareceu exatamente no meio disso tudo... no momento em que estávamos distantes? Se lembra da primeira vez que nós falamos após esse dia? Se lembra de como falei dele?

Se lembra da maneira com que comento dos seus sete sorrisos e oito olhares diferentes? Se lembra de quando eu falei da maneira com que você parece morder o lábio quando está com vergonha?


Se lembra da maneira que você só olhava pra mim e ainda olha?


Se lembra das piadas de duplo sentido contadas inocentemente? Se lembra de que sempre que nos afastávamos um do outro no corredor, você sempre soltava uma expressão ridícula?


Se lembra de como você ficava sem mim?


Se lembra de quando eu não estou passando muito bem, e cismo em tomar remédio com Coca-Cola? Se lembra de você me xingando por isso? Se lembra de quando você virava as costas e eu mostrava a língua pra você (acho que já te contei isso)? Se lembra de quando eu digo uma coisa na maior cara-de-pau, só pra te deixar preocupado, encabulado ou nervoso?


Vê se lembra de mim...


Vê se me lembra...


Vê se valeu a pena...


Vê se ainda vale...


Se lembra da sombra mais gostosa do escadão? Lembra que a gente nunca mais foi lá?"