Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A fOtOgRaFiA




Quem foi que disse que amarelo é a cor da covardia? Sempre que dizem que alguém "deu pra trás", dizem que este alguém "amarelou"... Mas eu não entendo o porquê...



Para mim, amarelo é a cor da saudade... Afinal, aquelas fotos antigas que ficaram guardadas naquela caixa no sotão foram ficando amareladas como nossas lembranças... E por mais que a gente tire a poeira, coloque as tais fotos nas mais bonitas molduras e espalhe-as pela casa, essas imagens não voltarão à cor original.

Exatamente como a nossa vida... Por mais que a gente se lembre e até tente reviver os melhores momentos, tudo sempre permanecerá como a mais pura e divertida lembran
ça, e nada mais do que isso. Sabe aquele abraço que você deu no último dia de aula nos seus professores, que mais pareciam seus conselheiros? Ou aquele riso fora de hora que você e sua amiga compartilharam durante a prova? Esses momentos não vão voltar.

Lembra daquele primeiro beijo [dentre milhares] que te fez perceber o quanto aquele carinha era especial e único na sua vida? Nunca haverá um primeiro beijo como aquele.



Com o tempo a gente percebe que a vida é composta não de dias e dias especiais; mas de segundos e milésimos de segundo surpreendentes! E que muitas vezes, o que era o melhor momento das nossas vidas vira apenas uma lembrança que colocamos em uma estante tão alta da memória, que não permitimos que nada mais seja colocado perto.


E às vezes vivemos momentos ainda melhores do que estes e não nos damos conta. Deixamos passar, simplesmente. É... a gente perde muita coisa sem querer.




Bem, eu nem vou ficar me estendendo aqui. Muito antes pelo contrário, serei [e estou sendo] o mais breve possível. Porque eu quero sim que o que escrevo traga boas recordações para quem lê. Mas sei que a linha entre as boas lembranças e as que nos fazem sofrer é tênue. E eu mesma acho que já passei dos meus limites.



Nada vai voltar, embora eu ainda tenha esse sonho infantil...



Para finalizar, acho sim que quando sentimos muitas saudades de algo, é provável que tenhamos vontade de consertar o que ficou pra trás... Afinal, muitas vezes, só notamos depois que não fizemos o melhor... Talvez ai haja uma ponta de covardia.



Nesse "querer" que não se pode realizar...

terça-feira, 20 de abril de 2010

♫ νєитυяα ♫


Ventura... Desventurada ironia...



Los Hermanos... quem diria que o meu álbum favorito seria justamente este? "Ventura"... Justamente o que me traz as piores lembranças...

Quem diria que justamente neste álbum eu pudesse me encontrar assim tão facilmente? Que eu pudesse estar ali descrita, e ali encontrar a perfeita harmonia dos meus dias?

Talvez faça realmente todo o sentido do mundo que eu sinta paz ao ouvir cada acorde de cada canção; assim como sentia paz com as batidas do coração dele... com a sua respiração ou voz...

Mas dói. Dói encontrá-lo ali sem que ele saiba. Sem que ele queira que eu o encontre. Sem que ele goste.

Dói ao sentir que o pouco que sobrou foi um samba a dois e uma conversa de botas batidas. Notar que, além do que se vê, restou apenas um cara estranho e... a outra.

Dói imaginar que talvez não haja sido somente o primeiro, mas o último romance. Ver que não há o vencedor nessa história; e que nós, eternos amantes, ainda procuramos um amor escondido há tanto tempo...

É cruel que nossa maior vitória tenha sido ver que a vida é feita de altos e baixos; momentos heróicos e vergonhosos. E notar que "o que eu sou é também o que eu escolhi ser".

Na verdade, eu fico pensando em você... o velho e o moço. Tudo o que você tem pra viver, e ao mesmo tempo, sem lutar para que valha a pena. Eu sei que ainda vai voltar... Mas quem você será?

No final das contas, eu cansei de esperar e ver a vida se perder. Eu fico presa do lado de dentro de mim mesma, com um par de sonhos que ainda não foram deixados de lado. Você me diz: - Deixa o verão... E eu, olhando aqui, do sétimo andar, digo-lhe um mero: - Tá bom.

E eu fico mesmo esperando; o seu mínimo gesto, o seu mais forte abraço. O seu sorriso mais bonito, e o brilho dos seus olhos. Eu espero como se não houvesse nada mais no mundo que importasse.

E quando eu ouço as vozes de Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo, elas me lembram tanto do que fomos nós. Lembram-me tanto do que não fomos e nunca seremos. E eu fantasio o que talvez possamos ser.

Talvez você não saiba; talvez nem devesse, mas isso me enlouquece ao mesmo tempo que me acalma. Eu fico esperando você abrir a porta e me pedir pra entrar e nunca mais sair da sua vida. É insensato que eu queira tanto sem poder ter; e que eu saiba disso.

Mas eu gosto tanto... Eu vivo nessa eterna nostalgia. E isso me mata me fortalecendo. Eu me encontro quando eu me perco. Porque você está ali entre tudo o que eu perdi.

É loucura e até uma vergonha que eu venha aqui e diga uma coisa dessas. Mas isso fica martelando dias e dias na minha cabeça, como um repertório ruim que a gente sente necessidade de criticar.

Talvez você seja realmente isso. Somente um repertório de péssima qualidade e que, portanto, não sai da minha cabeça. Eu prefiro que seja. Porque um dia hei de encontrar música pior e ainda mais viciante.



E por fim eu me pergunto... - Enfim... de onde vem a calma?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

☆ єи¢αитα∂α ☆

Deixei a vida levar os sonhos meus; à eles disse adeus... sem perceber...






Eu prometi à mim mesma que deixaria tudo isso de lado. Esse papo de amor... Eu prometi à mim mesma nunca me esquecer; mas seguir em frente sem grandes esperanças!

Mas as coisas não são sempre como o planejado. Na verdade, muito raramente são como o esperado. Mas a gente deve seguir em frente. Toda a beleza está em continuar lutando.

É certo que às vezes as coisas ficam difíceis e até mesmo dolorosas. Infelizmente, sempre haverá uma lembrança para nos corroer; um momento no passado que ainda nos mata.

Eu tentei deixar isso pra lá. Mesmo. Mas quando eu junto as mãos no formato de um coração, tudo muda completamente! Nessas mãos de menina ainda há toda a esperança que eu não imaginava ter... Estão os sonhos que eu ainda não concretizei, e todo o poder de conquista!

E eu fico me perguntando... por que se desenha um coração desta forma? Aliás... por que se desenha um coração?

Será que tudo isso é só um artifício usado pelos amantes para encontrar a pessoa amada nos mínimos detalhes? Será que o "amor" pode mesmo ser representado dessa forma? Será que a primeira pessoa que desenhou um coração, realmente amava?

Será que essa pessoa gostava de amar? Será que era retribuído?


O amor que não nos é retribuído dói. Ou às vezes ele até é retribuído e dói ainda assim. Para mim, amar é ficar completamente indefesa, nas mãos de um outro alguém. E não se tem como evitar esse outro alguém nos magoe.

Amar dói.

E dói ainda mais quando dói no outro. Dói ver o amado sofrer. Dói ver a outra pessoa ser machucada. Dói só de imaginar que essa pessoa possa sofrer. Dói amar e ver a pessoa amada sofrer por outro alguém.

Amar em silêncio dói duplamente.

Dói deixar os seus sonhos para trás. Dói não fazer nada.



Mas não vim aqui falar de dor. A dor só dói dentro da gente. Para os outros, não é nada demais. E se a gente pensar direito, não é nada demais mesmo.

O que é demais e merece ser pensado é até onde pode ir um amor. Será que realmente vale a pena abrir mão de planos pessoais por alguém? Alguém que é somente humano? Que talvez nem abra mão de planos pessoais dele para estar contigo?

Será que vale lutar tanto por alguém que não vai entender que seus amigos são seus amigos, e não têm segundas intenções com você? Será que vale a pena se anular vez ou outra por alguém que não sabe ainda se quer lutar com você? Ao seu lado?

Será que o amor de verdade vale realmente a pena?



Todo mundo fala que somos jovens uma única vez na vida e que devemos aproveitar muito. Falam que devemos namorar muito, beijar bastante; sair com os amigos... Mas eu não quero ser jovem assim.

Não quero uma juventude com prazo de validade. Não quero namorar com alguém por quem eu tenha no máximo uma paixonite. Não quero sair beijando à torto e à direito.

Eu quero mais é encontrar razões para viver. Quero ter amigos para a vida toda. Quero acreditar que realmente exista um amor, que ainda que doa, me motive à viver!

Quero um amor de verdade, daqueles que nada no mundo vai poder apagar. Quero um amor que, daqui à 30 anos, ainda me faça suspirar. Quero um beijo que me faça ter certeza de que é ele!

Sei que talvez seja bobo e inocente demais pensar que isso exista de fato. Mas eu acredito. Ainda acredito. Porque está doendo muito, sem dúvida. E isso me faz me sentir viva. Só estando viva, e acordada, eu consigo sentir dor.

Eu preciso dele para me sentir viva! E isso é amor.

Tudo isso que escrevi é amor. É estranho, dói e não faz o menor sentido. Mas tudo isso me move. Me comove.

É tudo um emaranhado de idéias loucas e que ficam jogadas por ai.

Sabe... o amor me deixa mais jovem.



Hoje, com quase 18 anos, eu sou sim uma versão melhor de quem eu era. Mas ainda daqui à 13 anos, eu vou amar e sonhar tanto quanto há dois anos atrás...



Meus 16 anos ficaram eternizados.
São eternos, porque eu escolhi eternizar o "meu bebê". Porque eu sempre serei a "pequena dele"... Meu coração sempre terá dezesseis anos... E para mim, nada mais importa.



Ele gostava do meu sorriso metálico.

E hoje, todos os meus sorrisos são apenas dele...


quinta-feira, 8 de abril de 2010

... ¢σм ¢σвєятυяα ...


Ah... hoje eu venho falar de sorvete... Aliás... do sorvete! Venho falar do sorvete com eles...

Hoje eu venho falar de como era gostoso olhar pra cara um do outro e correr pra sorveteria! A saudade é realmente enorme!

Será que minhas amigas se dão conta de quantas vezes afogamos as mágoas num copinho ou casquinha? Será que aquele menino que me ligava e não conseguia falar o que queria, sabe quanto prejuízo teve tentando me ganhar entre um milkshake e um sundae?

Será que todos se dão conta do que aquilo significou pra mim?

Será que a Rafaela ainda se lembra de almoçar sorvete? Será que a Hananda lembra dos nossos fichários quase caindo, e o sorvete derretendo na mão? Será que o Israel lembra de ficar depois da aula porque eeeu queria ir na sorveteria? kk

Será que o Felipe saberia me dizer quantos "litros" de milkshake eu roubei dele? *-*



Pensando bem... foram os três anos mais doces da minha vida! Com eles tudo era mais divertido, mais sincero, mais colorido...

Com o Israel e o Mateus, as estrelas lá em cima eram muito mais brilhantes. A minha cólica era muito menor. E a alegria era realmente maior. Minhas lágrimas combinavam perfeitamente com a blusa de frio do Mateus; as minhas brigas já começavam com o nome do Israel...

"Milhopan" era com a Nandah... "Xupão" era o Nicolas... E no final era tudo a mesma coisa... um salgadinho amarelo fedido, que alegrava todo mundo.

Com eles aprendi à brincar com o biscoito papa-ovo... À comer pimentinha com luvaa... À levar sucrilhos pra escola...

Com eles aprendi à calcular o peso do sorvete com os olhos, a colocar mais cobertura e granulado do que o sorvete em si. Aprendi à comprar aqueeele espaguete e pedir pra moça colocar no canal de desenho.

Com eles aprendi à pedir pra moça caprichaaar na batata-palha no sanduiche; à pechinchar até com o cara do churrasquinho da esquina.

Com eles, aprendi que me esconder na mercearia era a melhor opção. Com eles aprendi que barata não é uva passa, e que a comida do gaúcho é paraguaia.

Com eles aprendi o que realmente eu queria saber. Com eles aprendi culinária de verdade! kk



Com eles aprendi que a vida realmente passa muito rápido, e que são os detalhes que realmente importam. Aprendi que um sorriso na hora certa vale muito mais do que 32 dentes perfeitos.

Minha M.Q.! Vocês fizeram do momento mais insignificante, um instante inesquecível. Tem que ter química!





A NOSSA QUÍMICA PERFEITA!

s2

quarta-feira, 7 de abril de 2010

αzυℓ






Ah... o sorriso dele!











Confesso que não tinha como não vir aqui e falar sobre isso. Falar sobre toda a magia oculta no sorriso mais perfeito que eu já vi. Porque o simples jeito dele sorrir me deixa tranquila e agitada ao mesmo tempo.

Aquele sorriso ofusca tudo ao redor. É até engraçado ver que de repente não existe mais nada. É irônico que eu tenha visto aquele sorriso uma única vez, e ele apareça nos meus sonhos todas as noites.

Confesso que ler um livro nunca foi tão difícil. Ele estava em cada página, como se me vigiasse. Confesso que ele também está nas músicas que preenchem o ambiente. Confesso que eu morro de vergonha disso.

Eu fico vermelha só de pensar nele. Sorrio sem querer; fico com uma cara meio idiota. Mas é inevitável. Eu tento me conter mas, quando caio em mim, já não há mais o que fazer.

Eu não sei o que é isso.

Só que agora eu me vejo com uma vontade insana de colorir o mundo. Uma vontade de mudar tudo ao meu redor para muito melhor, e que eu mal consigo suportar.

De repente, passei a acordar muito mais leve; muito mais brilhante! E a vontade de falar coisas inúteis com as meninas só aumenta! Sinto uma vontade em dobro de falar que o "sol está azul", e começar a rir enlouquecidamente...

Hoje eu quero ter pra quem falar "nessa tarde o sol é só por você"; como naquela música que me embala por diversas vezes. Mas eu não acho que esteja apaixonada. Claro que não. Não é possível que eu esteja.

Sim... a gente só precisa de um segundo para se apaixonar. Mas eu passei dessa fase. Hoje eu quero um motivo. Eu não quero qualquer garoto na minha vida. Por mais interessante que ele possa ser. Eu quero um homem de verdade.

Quero alguém que me faça sentir tão viva quanto eu realmente estou. Quero alguém que me trate bem; que realmente faça com que eu me sinta amada... desejada! Quero alguém que, mais do que isso, me faça rir!

Quero alguém que ria das minhas piadas sem graça. Ou melhor, ria pela minha cara de quem deveria ter ficado calada, mas falou besteira. Quero alguém que não ria de mim; mas ria comigo!

Quero alguém que ainda não tem nome. Quero alguém que talvez eu ainda não tenha visto. Alguém que talvez nunca sequer vá me perseguir em sonhos. Quero alguém que eu possa ter.



E ele eu nunca poderei...

Mas, para mim, o sorriso dele continuará sendo o mais bonito!



*-*

domingo, 4 de abril de 2010

>>> αмσятєитια


"É a poção do amor mais poderosa do mundo bruxo!
Tem um brilho perolado, vapor subindo em espirais características ... E tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o q nos atrai"



Amortentia... De brincadeira, me perguntaram um dia qual o cheiro que teria para mim... E eu respondi sem pensar duas vezes... Um ano e meio depois, me fizeram a mesma pergunta. Também respondi sem hesitar.

Aí me foi exposta a resposta que eu tinha dado anteriormente àquela pergunta... Era exatamente o que eu tinha acabado de dizer. Com as mesmas palavras. Com a mesma certeza. Com a mesma dor e mesmo pesar.

Teria o cheiro dele. O cheiro da pele dele misturada com o perfume. Um perfume que eu nem sei qual é. Teria um cheiro que nunca mais senti igual.

Nada de grama, terra molhada ou pasta de dente. Nada do bolo da vovó. Nem teria cheiro de flor.

Pra mim, teria o cheiro do cabelo dele, do pescoço dele. Seria um odor único. Algo que representasse tudo o que fomos.



Para muitos, teria um odor que lembrasse a infância; ou que desse segurança. Mas para mim, seria um odor que me tiraria o fôlego e o chão. Que me deixasse completamente vulnerável à todo e qualquer mal. Seria o último odor que eu gostaria de sentir novamente.

E por isso me atrairia tanto. Porque seria algo que de fato eu não só não esperava, como algo que eu não conseguiria ter novamente. Um odor que entraria pelos meus poros, que caminhasse por debaixo da pele; que corresse pelas minhas veias; que pulsasse unido ao meu coração.

Um odor envenenado. Que destruísse aquilo que está em contato. Um vapor tóxico, nauseante. Um brilho perolado indicando perigo. Seria tudo o que eu mais odeio.

Aos poucos, eu já nem mais pensaria. Já estaria completamente envolta pelo perigo. Mas meu coração não pararia. Muito pelo contrário, bateria acelerado. Cada segundo mais acelerado. Bateria muito, mas muito forte. Desesperado, como se morresse aos poucos.

E eu provaria enfim daquela tentadora cápsula maldita. Meu coração a imploraria loucamente, como se fosse explodir à qualquer momento. Minha mente trabalharia apenas em função daquele sentimento.

Aí viria a calma, e ao olhar para a imagem de meu recente amor, eu teria certeza de que sempre fôra ele e mais ninguém. Eu sentiria tudo muito intensamente. Tudo soaria de forma doentil e encantadora.

E enfim eu poderia viver um outro amor. Mesmo que forçado. Mesmo que sem que eu pudesse me desvencilhar de tudo aquilo. Mesmo que meu livre arbítrio fosse completamente extinto ou ignorado. Mesmo que eu necessitasse de um forte antídoto para enfim voltar à ser eu mesma.

Por isso eu afirmo. Amortentia é sim uma poção muito poderosa. Ela não é capaz de criar o amor, mas uma paixonite aguda das fortes... Sim, ela poderia ser perigosa para muitos. Mas para mim, ela seria fatal!

Seria fatal porque o simples odor exalado seria um veneno tão forte - mas tão forte - que serviria como uma espécie de anestesia, ao mesmo tempo que me destruiria. Seria tão leve, que seria extremamente tentadora. Irresistível.



E, pensando nos efeitos finais, talvez valha o risco. Talvez valha correr o perigo de me perder dentro de mim mesma; nas lembranças nauseantes causadas pela poção. Talvez a simples idéia de enfim poder viver um novo amor possa me mover um passo adiante, me tornando capaz de esquecer o que já vivi.

Se para conseguir viver novamente, eu preciso antes ser enfeitiçada; encantada por um outro alguém... eu aceito. Eu quero, e mais do que isso, eu PRECISO mudar.



Eu vou lutar até o fim! Até recuperar o último pedacinho de mim que permanece fugindo da realidade. Até expulsar o último pedacinho dele de dentro de mim!



Na minha vida, não há mais espaço para ele.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

*** σ ναℓєтє ∂є ¢σραѕ ***

Amor, eu sinto a sua falta... E a falta é a morte da esperança.






Será que o amor foi só um jogo? Será que é, e sempre será apenas um jogo?? Eu não quero acreditar no amor como algo frio, calculado e apenas isso... Mas esta é a única desculpa possível para me explicar o que houve e o que ainda há.

Talvez seja duro crer no amor como um jogo de tabuleiro. Pode ser difícil conseguir se enxergar como uma peça a se movimentar em um único sentido o tempo todo. É horrível imaginar que talvez, nosso único objetivo seja derrubar o rei adversário. É insensível ensaiar uma forma de agir.

Pode ser que este seja o maior erro da humanidade. Pode ser que este seja o meu maior erro.

Talvez o meu erro tenha sido em agir por impulso. Em ver pureza nas palavras que escolhi usar, e enxergar toda a beleza deste mundo nos olhos dele! Talvez o meu erro tenha sido apostar todas as fichas em algo que nunca se pôde ser pensado. E que nunca poderá ser medido.

Meu erro foi amar de verdade. Sem medidas ou medos. Sem limites.

Talvez o maior problema tenha sido eu não ter visto problema algum.

Talvez eu não tenha respeitado um certo perímetro. Talvez o meu peão tenha andado na direção errada ou mais do que devia. Ou talvez nosso amor não tenha sido feito para ser jogado em um tabuleiro.

Nossa história foi vista nas cartas. "Os Amantes". Um homem, duas mulheres. Um casal. Uma escolha; ou o pecado.

Então... um amante. Um valete. O Valete. Para uma moça, o valete de copas indica o seu pretendente. Mas esta mesma carta indica o amor infeliz; a traição por falsos amigos.

O Valete de Copas. A carta mais bonita de um baralho. Sempre foi a que me atiçou mais a curiosidade. E eu me vi apaixonada por ele. Me vi completamente louca; completamente entregue em suas mãos. Eternamente sua dama.

Esta é a carta que indica o amante; o amigo. O amante-amigo. Alguém que nem sempre lhe é confiável.

E eu confiei nele.

E agora já não adianta. Por mais que eu embaralhe as cartas, que eu as atire longe; até que eu as queime... o valete de copas me persegue. Por que não o rei? De espadas, ouros, paus ou até mesmo copas. Mas por que valete?

Eu queria ser a dama que ele precisa. Talvez, como na música, ser a dama de ouros. Mas eu não sou. Sou talvez um dois, três, quatro ou cinco de qualquer naipe. Ou naipe nenhum.

Eu sou só mais uma carta. Talvez realmente a Dama de Copas. Ela, que exprime a pura essência de todo o seu naipe. Ela que é a como a água e que não consegue ser contida. Firme. Forte. Decidida. Sem nunca deixar de ser uma verdadeira rainha.

Mas, ainda assim, presa. Submissa. Destinada sim ao Rei. Mas amando enlouquecidamente e eternamente o mero valete.

Acho que formamos uma trinca. Mas talvez não haja um rei para nos completar. O Valete nos trouxe ela. E ela é o curinga. Mais do que uma substituta; uma carta valiosa.

Não há mais como lutar.





Logo serei mais uma no topo do monte de descarte...

... E não sei porque ele ligaria para isso.