Ventura... Desventurada ironia...
Los Hermanos... quem diria que o meu álbum favorito seria justamente este? "Ventura"... Justamente o que me traz as piores lembranças...
Quem diria que justamente neste álbum eu pudesse me encontrar assim tão facilmente? Que eu pudesse estar ali descrita, e ali encontrar a perfeita harmonia dos meus dias?
Talvez faça realmente todo o sentido do mundo que eu sinta paz ao ouvir cada acorde de cada canção; assim como sentia paz com as batidas do coração dele... com a sua respiração ou voz...
Mas dói. Dói encontrá-lo ali sem que ele saiba. Sem que ele queira que eu o encontre. Sem que ele goste.
Dói ao sentir que o pouco que sobrou foi um samba a dois e uma conversa de botas batidas. Notar que, além do que se vê, restou apenas um cara estranho e... a outra.
Dói imaginar que talvez não haja sido somente o primeiro, mas o último romance. Ver que não há o vencedor nessa história; e que nós, eternos amantes, ainda procuramos um amor escondido há tanto tempo...
É cruel que nossa maior vitória tenha sido ver que a vida é feita de altos e baixos; momentos heróicos e vergonhosos. E notar que "o que eu sou é também o que eu escolhi ser".
Na verdade, eu fico pensando em você... o velho e o moço. Tudo o que você tem pra viver, e ao mesmo tempo, sem lutar para que valha a pena. Eu sei que ainda vai voltar... Mas quem você será?
No final das contas, eu cansei de esperar e ver a vida se perder. Eu fico presa do lado de dentro de mim mesma, com um par de sonhos que ainda não foram deixados de lado. Você me diz: - Deixa o verão... E eu, olhando aqui, do sétimo andar, digo-lhe um mero: - Tá bom.
E eu fico mesmo esperando; o seu mínimo gesto, o seu mais forte abraço. O seu sorriso mais bonito, e o brilho dos seus olhos. Eu espero como se não houvesse nada mais no mundo que importasse.
E quando eu ouço as vozes de Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo, elas me lembram tanto do que fomos nós. Lembram-me tanto do que não fomos e nunca seremos. E eu fantasio o que talvez possamos ser.
Talvez você não saiba; talvez nem devesse, mas isso me enlouquece ao mesmo tempo que me acalma. Eu fico esperando você abrir a porta e me pedir pra entrar e nunca mais sair da sua vida. É insensato que eu queira tanto sem poder ter; e que eu saiba disso.
Mas eu gosto tanto... Eu vivo nessa eterna nostalgia. E isso me mata me fortalecendo. Eu me encontro quando eu me perco. Porque você está ali entre tudo o que eu perdi.
É loucura e até uma vergonha que eu venha aqui e diga uma coisa dessas. Mas isso fica martelando dias e dias na minha cabeça, como um repertório ruim que a gente sente necessidade de criticar.
Talvez você seja realmente isso. Somente um repertório de péssima qualidade e que, portanto, não sai da minha cabeça. Eu prefiro que seja. Porque um dia hei de encontrar música pior e ainda mais viciante.
E por fim eu me pergunto... - Enfim... de onde vem a calma?
Los Hermanos... quem diria que o meu álbum favorito seria justamente este? "Ventura"... Justamente o que me traz as piores lembranças...
Quem diria que justamente neste álbum eu pudesse me encontrar assim tão facilmente? Que eu pudesse estar ali descrita, e ali encontrar a perfeita harmonia dos meus dias?
Talvez faça realmente todo o sentido do mundo que eu sinta paz ao ouvir cada acorde de cada canção; assim como sentia paz com as batidas do coração dele... com a sua respiração ou voz...
Mas dói. Dói encontrá-lo ali sem que ele saiba. Sem que ele queira que eu o encontre. Sem que ele goste.
Dói ao sentir que o pouco que sobrou foi um samba a dois e uma conversa de botas batidas. Notar que, além do que se vê, restou apenas um cara estranho e... a outra.
Dói imaginar que talvez não haja sido somente o primeiro, mas o último romance. Ver que não há o vencedor nessa história; e que nós, eternos amantes, ainda procuramos um amor escondido há tanto tempo...
É cruel que nossa maior vitória tenha sido ver que a vida é feita de altos e baixos; momentos heróicos e vergonhosos. E notar que "o que eu sou é também o que eu escolhi ser".
Na verdade, eu fico pensando em você... o velho e o moço. Tudo o que você tem pra viver, e ao mesmo tempo, sem lutar para que valha a pena. Eu sei que ainda vai voltar... Mas quem você será?
No final das contas, eu cansei de esperar e ver a vida se perder. Eu fico presa do lado de dentro de mim mesma, com um par de sonhos que ainda não foram deixados de lado. Você me diz: - Deixa o verão... E eu, olhando aqui, do sétimo andar, digo-lhe um mero: - Tá bom.
E eu fico mesmo esperando; o seu mínimo gesto, o seu mais forte abraço. O seu sorriso mais bonito, e o brilho dos seus olhos. Eu espero como se não houvesse nada mais no mundo que importasse.
E quando eu ouço as vozes de Rodrigo Amarante e Marcelo Camelo, elas me lembram tanto do que fomos nós. Lembram-me tanto do que não fomos e nunca seremos. E eu fantasio o que talvez possamos ser.
Talvez você não saiba; talvez nem devesse, mas isso me enlouquece ao mesmo tempo que me acalma. Eu fico esperando você abrir a porta e me pedir pra entrar e nunca mais sair da sua vida. É insensato que eu queira tanto sem poder ter; e que eu saiba disso.
Mas eu gosto tanto... Eu vivo nessa eterna nostalgia. E isso me mata me fortalecendo. Eu me encontro quando eu me perco. Porque você está ali entre tudo o que eu perdi.
É loucura e até uma vergonha que eu venha aqui e diga uma coisa dessas. Mas isso fica martelando dias e dias na minha cabeça, como um repertório ruim que a gente sente necessidade de criticar.
Talvez você seja realmente isso. Somente um repertório de péssima qualidade e que, portanto, não sai da minha cabeça. Eu prefiro que seja. Porque um dia hei de encontrar música pior e ainda mais viciante.
E por fim eu me pergunto... - Enfim... de onde vem a calma?
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