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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

*** σ ναℓєтє ∂є ¢σραѕ ***

Amor, eu sinto a sua falta... E a falta é a morte da esperança.






Será que o amor foi só um jogo? Será que é, e sempre será apenas um jogo?? Eu não quero acreditar no amor como algo frio, calculado e apenas isso... Mas esta é a única desculpa possível para me explicar o que houve e o que ainda há.

Talvez seja duro crer no amor como um jogo de tabuleiro. Pode ser difícil conseguir se enxergar como uma peça a se movimentar em um único sentido o tempo todo. É horrível imaginar que talvez, nosso único objetivo seja derrubar o rei adversário. É insensível ensaiar uma forma de agir.

Pode ser que este seja o maior erro da humanidade. Pode ser que este seja o meu maior erro.

Talvez o meu erro tenha sido em agir por impulso. Em ver pureza nas palavras que escolhi usar, e enxergar toda a beleza deste mundo nos olhos dele! Talvez o meu erro tenha sido apostar todas as fichas em algo que nunca se pôde ser pensado. E que nunca poderá ser medido.

Meu erro foi amar de verdade. Sem medidas ou medos. Sem limites.

Talvez o maior problema tenha sido eu não ter visto problema algum.

Talvez eu não tenha respeitado um certo perímetro. Talvez o meu peão tenha andado na direção errada ou mais do que devia. Ou talvez nosso amor não tenha sido feito para ser jogado em um tabuleiro.

Nossa história foi vista nas cartas. "Os Amantes". Um homem, duas mulheres. Um casal. Uma escolha; ou o pecado.

Então... um amante. Um valete. O Valete. Para uma moça, o valete de copas indica o seu pretendente. Mas esta mesma carta indica o amor infeliz; a traição por falsos amigos.

O Valete de Copas. A carta mais bonita de um baralho. Sempre foi a que me atiçou mais a curiosidade. E eu me vi apaixonada por ele. Me vi completamente louca; completamente entregue em suas mãos. Eternamente sua dama.

Esta é a carta que indica o amante; o amigo. O amante-amigo. Alguém que nem sempre lhe é confiável.

E eu confiei nele.

E agora já não adianta. Por mais que eu embaralhe as cartas, que eu as atire longe; até que eu as queime... o valete de copas me persegue. Por que não o rei? De espadas, ouros, paus ou até mesmo copas. Mas por que valete?

Eu queria ser a dama que ele precisa. Talvez, como na música, ser a dama de ouros. Mas eu não sou. Sou talvez um dois, três, quatro ou cinco de qualquer naipe. Ou naipe nenhum.

Eu sou só mais uma carta. Talvez realmente a Dama de Copas. Ela, que exprime a pura essência de todo o seu naipe. Ela que é a como a água e que não consegue ser contida. Firme. Forte. Decidida. Sem nunca deixar de ser uma verdadeira rainha.

Mas, ainda assim, presa. Submissa. Destinada sim ao Rei. Mas amando enlouquecidamente e eternamente o mero valete.

Acho que formamos uma trinca. Mas talvez não haja um rei para nos completar. O Valete nos trouxe ela. E ela é o curinga. Mais do que uma substituta; uma carta valiosa.

Não há mais como lutar.





Logo serei mais uma no topo do monte de descarte...

... E não sei porque ele ligaria para isso.

2 comentários:

Unknown disse...

Com o amor sofremos mas sem o amor nao aguentamos e morremos nesse mundo o do vazio

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.