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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

domingo, 1 de abril de 2012

σι тє αмσ!

Bem, estou aqui novamente. Pensando nele, como faço há tanto tempo...

Fiquei relembrando cada palavra, gesto... o que nunca foi dito. Os segredos, risadas... As falhas do temperamento dele. Fico me questionando se aquilo é o que se chama "AMOR"...

Todo mundo fala que quando é amor, não existe a dúvida. Você simplesmente sabe que é e pronto. Dizem que se você se questiona, é porque vai passar um dia... Mas eu duvido disso também.

Eu me pergunto se nós não andamos amando errado. Hoje é dia da mentira, e penso que à qualquer momento, esta data também será convertida em dia mundial do "Eu Te Amo"... Porque as pessoas parecem ver mais dificuldade em falar "oi" do que essas três palavrinhas tão importantes. As pessoas conhecem umas às outras e já declaram seu amor aos quatro ventos. Meses depois, essas mesmas pessoas já são estranhas novamente. Já não tem nenhum significado umas para as outras.


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Por isso eu tenho tanto medo. Por isso eu me questiono tanto acerca da veracidade do que vivemos. Do que eu ainda sinto, e não consigo esconder ou negar. Estou tentando entender porque dizer "adeus" está sendo impossível para mim.

Dizer "eu te amo" não é algo fácil. Nunca foi. Afinal, são três palavras que - querendo ou não - mudam o rumo de nossas vidas. Elas nos colocam numa posição de total vulnerabilidade; nos colocam nas mãos de um ser que talvez não saiba o que fazer a respeito.


Sendo assim, dizer isto à alguém costumava ser a parte mais complicada de um relacionamento amoroso. O casal se conhece, conversa, se gosta, sai algumas vezes, se beija. Vão se envolvendo aos poucos, de forma gradativa e empolgante. Sair vez ou outra já não basta, e eles querem estar sempre juntos. E o namoro vai fluindo naturalmente. São só duas pessoas que - ao estarem unidas - não sabem onde se separam os corpos e as almas. 




Sem pressão, sem cobranças. Sem palavras sem sentido. Só o melhor dos dois. E com esse melhor, vem a questão: "quem vai falar primeiro que ama?". É assustadora, mas também a melhor sensação do mundo. Porque quando esse "eu te amo" vier, seja dele ou dela, será verdadeiro. Não será dito simplesmente pelo calor do momento. Não será num impulso. Será conquistado.


E então começam a ver o que há de ruim. Aquele mau-humor repentino, os olhos com remela. As manias e esquisitices irritantes. Vem o nojinho, a descoberta de que siim, a namorada tem intestino; e de que o namorado tem um déficit de memória que o impede de lembrar de abaixar a tampa da privada. As brigas pelo último pedaço de pizza ou pelo controle remoto.




Provavelmente, o primeiro "eu te amo" já foi dito antes dessa etapa; mas os mais "pé-no-chão" dizem que ele só pode ser considerado depois que se conhece a parte ruim. Aquela coisinha incômoda que vem na bagagem. 


A ciência diz que o amor só vem depois de 30 meses... Quando vem. Mas os românticos não acreditam em nenhuma destas definições. Eles acreditam na soma.




Ou pelo menos, acreditavam. Porque hoje muita gente nem sabe o que é a soma. Acham que a parte ruim só vem depois do casamento. Acham que um "eu te amo" é a senha pr'aqueeeeeeela noitada. Tem gente que realmente acredita que palavras bastam.


E essas pessoas nunca conseguirão entender o que eu estou sentindo.


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Pra mim, o mais difícil não foi amar, mas agora - aprender a não amar. O mais difícil ainda é aceitar que isso que eu sinto é errado, que nunca foi recíproco. Que nunca foi real. O mais difícil é acalmar esta agonia, essa infeliz esperança de que ele ainda seja o "meu lugar". Essa esperança que não morre. 


O mais difícil agora é dizer adeus.




Um adeus à alguém que diz "Eu Te Amo" como quem diz "Olá"...

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