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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sábado, 21 de julho de 2012

O 乃µqµê


Imagino que nenhum dos envolvidos vá ler este post. Mas sei que alguém próximo o fará, e isso me assusta um pouco. Não citarei nomes, mas é fácil saber de quem se trata.

Vou falar do maravilhoso acontecimento que ocorreu há poucas horas. Mais uma amiga subindo ao altar, linda... Brilhando, radiante. Vou falar da foto com a noiva, que demorou um ano e meio para ser tirada. E vou falar do que, talvez, seja meu único arrependimento.

Nessa ordem.


Acordei hoje cedo, sabendo que estaria em breve participando de um dos momentos mais felizes da vida de uma mulher que merece toda a felicidade que houver nesse mundo. E só diante deste pensamento, eu já estava realmente feliz. E de fato foi o que aconteceu.

Tudo lindo, perfeito. Ela parecia uma princesa. Os amigos reunidos ali - presenciando, presenteando e sendo presenteados com mais um momento memorável. E ali também nasceu uma promessa, um pacto: juntos em TODOS os casamentos da nossa turma. Fechando com o meu. kk

E eu acho que nunca tinha sentido tão bem o quanto AMO todos eles.


E então vem a foto atrasada, aquela que demorou tempo demais para ser concretizada. Mas que no fim ficou linda. Ficou como deveria ter ficado naquele dezembro. Porque a amizade é a mesma, o carinho só aumenta. As coisas sempre tendem a melhorar. E o ciclo da vida - como diria "O Rei Leão" - é um ciclo sem fim.

E nas fotos sorríamos, nós vivíamos novamente a emoção daquele casamento ocorrido outrora. Eu só queria que tudo congelasse ali, sem perder um segundo. Porque eles sempre vão ser meus tesouros. Porque aquelas três sempre serão parte das melhores lembranças.

Porque as lembranças vão sendo recicladas. Revividas e relembradas.


Por fim, devo falar de uma coisa que me arrependo. Uma coisa que definitivamente ocorreu como devia ter ocorrido, mas que eu não queria que tivesse tido o fim que teve. Um fim sem ponto final. Reticências dão ao texto a chance de ser continuado.

E eu, talvez por gostar tanto de escrever, insisto que ainda falta um capítulo nessa história. E odeio isso, de verdade. porque às vezes eu acho que fui eu quem fugiu. Fui eu que larguei um livro sem final, para escrever outro. E que agora fica olhando pr'aquele enredo que promete, mas sem saber como chegar ao clímax.

E toda vez que eu olho pra ele eu penso: "E se?" [...]


Enfim, nada como um casamento para despertar em nós os sentimentos mais doces, a alegria mais profunda e mais verdadeira. Mas também não há nada como um casamento para se questionar sobre as escolhas feitas. Sobre o que se foi e não volta mais.

Estou agora aqui, verdadeiramente emocionada por tudo que vi hoje. Mas estou repensando as decisões que tomei, e as que jurava ter sido obrigada a tomar.

Eu não pensei em quem jurei que pensaria. Tive que citá-lo, e vi que tudo o que eu senti antes agora não dói mais. Esse vazio é mais insuportável.

Esse pensar demais e falar sem pensar dói mais do que qualquer outra coisa. Me confunde mais.

"Eu me lembro tanto de nós dois..."


Um comentário:

Anônimo disse...

"Porque as lembranças vão sendo recicladas. Revividas e relembradas."

Incrível essa parte.