Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sábado, 14 de julho de 2012

ჩმἶlε ძε ოáʂƈმɾმʂ

Doeu, então eu chorei. Mas antes de sair, maquiei.


As coisas não vão sempre bem. Às vezes, vão pior do que poderíamos imaginar. A vida muitas vezes não é bonita como deveria ser. E existem casos em que o tempo passa e conserta. Mas em outros, ele pode machucar também.

O tempo está me pregando peças. A vida, em suas voltas - em seus altos e baixos - está me pressionando contra o assoalho do mundo; contra o pior de mim mesma. E algumas coisas que fazemos não têm volta. O beijo dado não se esquece. O abraço que protegeu não nos abandona (mesmo que o dono do abraço se vá). A palavra que fere não cura mais. O passado não se apaga. O presente não se apega. Nossa crença em nós não se converte.

O ontem - ainda que literal - já não se recupera mais. E as decisões que eu tomar hoje vão me acompanhar por toda a vida. E AGORA? Está na hora de eu me decidir. Está na hora de escolher entre tentar ser feliz e acabar anulando um pouco a felicidade dele; ou permitir que ele tente ser completamente feliz... e anular um pedaço de mim mesma. Viver ou deixar que ele viva?

Será que dá para seguir anulando esta pergunta?


Eu não sei a resposta. E estou tentando não entender a pergunta. Mas sei que não demora para que alguém me lembre que minha vida está correndo sem mim. Sem que eu assuma o papel principal da minha própria história. São anos que se estendem como luz, permitindo que outra pessoa brilhe. Permitindo que outra pessoa me ilumine; e que seja sempre só ele.

Mas até quando vai haver uma estrela a me guiar, a me salvar? E por que esta estrela não vem me salvar agora? Por que ela simplesmente não pode me proteger nesse ínfimo instante? Por que até essa estrela tem que iluminar outro céu?

Por que ele não pode ser simplesmente um barco e atracar no meu cais?


E mesmo que fosse um barco e atracasse no cais de mim, como o impedir de navegar por outros mares; de conhecer e amar outros oceanos? Como permanecer um pro outro como deve ser, enfim? Não sei se dá para garantir isso. Mas eu precisaria tentar e não tento. Porque, ao ter medo de fracassar, eu já me mostro um fracasso.

E eu deveria ser forte. Não se fazem mocinhas mais fracas do que as fortes e munidas vilãs. Mesmo que as mocinhas pareçam delicadas demais. (Coisa que eu bem sei que não pareço, embora seja até demais.)


Então eu, a mocinha com aspecto vilanesco decadente, devo usar de quais artifícios para conquistar a autonomia deste meu conto de fadas? Devo eu cruzar as terras deste reino debaixo de um sol escaldante, com a companhia de um camelo ou uma ave de rapina, e roubar o príncipe encantado das garras da doce vilã?

Ou devo me trancafiar na mais alta torre do mais distante castelo, e esperar até que me descubram princesa? (Será que meu dilema terá final feliz?)


O que vai acontecer eu certamente não sei. Creio que o certo seria correr atrás dele, mas duvido que ele queira ser resgatado. Mas eu não consigo me imaginar ainda mais presa, sabendo que não serei resgatada de mim.

Por conseguinte, este "texto" eu vou terminar de uma forma diferente. Vou terminar sem lhe conferir um fim. Primeiro, porque este fim está bem longe de chegar, enfim. E segundo, porque a Família Real sempre tem seus escudeiros e conselheiros Reais para iluminar-lhes quando suas estrelas se apagam.

Peço-lhes, meus tão fiéis escudeiros, que me digam... E agora?


[Eu estou falando sério! Comentem aqui no final do post o que fariam (ou fizeram) para sobreviver ao "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" e, sobretudo, à dor de ter que dizer ADEUS à estrela que lhes iluminava... (Por obséquio)]

14 comentários:

Anônimo disse...

Realmente eu não sei que dizer. Me sinto como você... Não tenho respostas pra essas perguntas. Mas por mais que a gente queira destir... algo em nós nunca desiste. Não importa o que nos falem, parece que nunca ouvimos. Sempre tapamos o ouvido para o que não queremos ouvir. :/

Poeta da Sombra disse...

Seja sempre um astro luminoso, para não ter nunca de depender da luz dos outros. A dor é parte do aprendizado. Não sobreviva apenas, aprenda com essa dor e ilumine vc mesma seu proprio caminho.

Quando alguem parte não é você quem diz Adeus a quem partiu. Quem partiu é quem diz Adeus a você. Por que você nunca foi embora. Em outras palavras, o navio é quem perdeu seu cais.

Adorei seu texto. Parebens!

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Muito obrigada *-*

Eu admito que nunca tinha pensando por este ponto de vista... o de que o barco perde o cais. E é, sem dúvida, um ponto que me impele a seguir apesar da dor e sobretudo por ela!

Fernando Cesar disse...

É... na minha opinião só você é capaz de escrever este fim, avalie as possibilidades e seja protagonista da sua história esquecendo o papel de coadjuvante que teve ou tem em outras histórias. Faça o que achar que seja o certo.

Pares perfeitos não existem na vida real como nos contos de fada, então se não for este quem te fará feliz com certeza outra pessoa irá.

Você é uma ótima pessoa Mari..
bjos

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Obrigada =D

E prometo tentar não pensar no que irei causar à história dele...

" De sábio e louco todo mundo tem um pouco" disse...

"Boom,eu acho que você deve tomar o principe da vilã é obvio!
minha querida queria dizer que sei como você se sente,maas infelizmente seu mundo é só seu! eu imagino como você se sente,pois a dor tem o peso que damos a ela,só queria ressaltar aqui que não adianta você ter um super princípe "Boy magia" se seu mundo anda tão apagado........
Lute com essa vilã,e coloque ela na mais alta torre cercada por dragões e rodeada de espinhos......"

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

hauahauauahauhauahau... preciso dizer que amo esse seu comentário João?

Mesmo você não sabendo dessa história (porque eu não tive coragem de contar), você disse o que eu queria ouvir (e isso você sabe bem).

Infelizmentew, tenho o empecilho de que a vilã da minha história é a princesa da história dele (e isso eu não falei abertamente porque me coloca no posto de vilã)... Seria perfeito mas não sei se é viável. kkkk

" De sábio e louco todo mundo tem um pouco" disse...

"Boom,quem disse que as coisas precisam ser perfeitas??! sinceramente quem postulou isso não sabe viver..... às vezes ser a vilã é beem mais emocionante do que ser a mocinha de vestido branco e rodado..... kkk#"

Anônimo disse...

Taca fogo na vilã e dá um coro no "príncipe".

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Bem, não sei quem comentou isso ^^

Mas bem que eu queria. kkkkkkkkkkkk

M@RY disse...

POxa Mari.. eu a entendo perfeitamente.
e não ha o que se dizer, pq particularmente , me encontro no mesmo dilema :/

mas ficou perfeito o jeito que vc se expressou.. *----*

Anônimo disse...

O que fazer? Escolha ser feliz !
Talvez a infelicidade pode vir a primeiro momento.. Mas tenho certeza de que nao irá perdurar. Basta vc aprender a enxergar a felicidade nas coisas. Toda escolha traz consequências boas e ruins. Cabe a nós escolhermos a quais preferimos nos ater.
Bola pra frente, continue escrevendo sua história.. lembrando que ela é de fato sua, e vc é a protagonista..
Adorei o que foi dito acima: Quem partiu é quem diz adeus a você !
Pense nisso, vc passará a enxergar a situação de uma outra maneira!
(:

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Eu gostaria de saber o que dizer Gio, e poder dizer. Mas se eu escolher lutar pra ser feliz, sou eu que vou dizer adeus... E não é algo para o qual eu acredite estar pronta ainda =(

Poeta da Sombra disse...

A vida se vive no presente, não no que poderia ter sido ou no que gostariamos que fosse. Viver assim é se iludir.

A vida é constituida de caminhos. Quando alguem se despede e toma um rumo diferente isso não nos abriga a parar. Continuar caminhado é lutar! O passado as vezes é muito forte para nos despedirmos dele, mas forte mesmo é a falsa ideia de que nunca poderemos ser felizes de novo, e é isso que nos faz parar.

Mesmo sem estar pronto um bebe tenta caminhar, ele cai, cai, cai de novo, mas acaba conseguindo. A dor vai fechando, como uma ferida no braço.

Bom falei muito. rsrs mas é isso
Um abraço.