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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

domingo, 24 de junho de 2012

կΙб Ɗïąş

[...] este texto é sobre e para você. Sobre as nossas brigas e sobre as nossas melhores conversas. Sobre quando a gente falava sobre tudo e sobre quando começamos a recear expor nossos piores defeitos. Este texto é sobre o momento em que me descobri apaixonada.
Este texto é sobre seus quinze sorrisos que são tão seus. Sobre seu sotaque meio caipira e sobre as suas pernas quase transparentes. Este texto é sobre o seu cheiro.
Porque eu ainda não consegui ignorar o impacto inicial que toda conversa nossa me causa. Porque eu não consigo não me pegar relendo aquela primeira conversa, quando eu não conhecia direito o "território inimigo" e queria explorar. E o que me incomoda mais é que ainda hoje eu quero conhecer cada milímetro dessa área como a palma da minha mão. E é o medo de que mesmo em outro lugar, eu queira visitar e me perder em tuas ruas.
[...] eu estou com medo dessas palavras. Estou com medo dessa vontade, dessa urgência que meu coração parece sentir. Estou com medo de te perder antes mesmo de te conquistar. Eu, às vezes, acho que preciso mais do teu calor distante do que de mim mesma. Acho que preciso daquilo que nunca tive... Você acha isso tão irracional quanto eu acho?


Eu ainda penso naquele sábado. Em você sentado ao meu lado e nós dois sem assunto. Não consigo ver a nossa falta de jeito como algo natural. Não. Nunca. Porque a gente se encontrou - reencontrou - depois de procurar demais. Eu estive procurando você durante minha vida toda! (E agora estou aqui sozinha num domingo, escrevendo o que eu queria poder te dizer e não posso.) Será que estou enlouquecendo? Será que você vai fugir se souber o quanto eu respiro você?
[...], eu ainda sinto o mesmo ciúme idiota de você, e a mesma inveja irracional de toda e qualquer garota que pode te ter. E eu queria que você me contasse a respeito das suas garotas. Queria, pois um dia me ensinaram que os garotos não falam de garotas com aquela pela qual têm interesse. Queria ter certeza que me deixou mesmo na tal "friendzone", antes de me jogar nos braços de outro. Mesmo a mais remota possibilidade de poder me jogar nesses teus braços barra qualquer ação minha. E por que os meus braços parecem ser os únicos que você insiste em desprezar? Por que a simples ideia de sermos "só nós dois" lhe é tão repugnante? Eu realmente não consigo entender. Mas estou lutando de verdade para aceitar. Só que não é fácil.
Eu ainda penso em você. Eu ainda cogito um nós. Ainda espero ser apresentada como namorada. E torço pelas famosas e quentes reconciliações depois das ferozes brigas. Eu realmente espero que sejam tão fortes quanto nossas discussões. Digamos que seria uma bela recompensa por aturar essas manias difíceis. (Eu até admitiria que adquirisse umas manias piores, se fosse para melhorar as coisas.) Mas eu ainda assim não posso tê-lo. Por quê?



Eu ainda estou agindo pensando em nós dois. Nas mínimas e quase impossíveis chances. E este texto eu terminarei como aquele último: lembrando-lhe que permaneço aqui onde me deixou. Permaneço lhe esperando e desejando ardentemente.
Por favor, eu não aguento mais esta espera...

Vem.


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