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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

quinta-feira, 21 de junho de 2012

FriendZone.

E quando você chega no limite da sua compreensão? E quando você não consegue mais entender os próprios pensamentos e sentimentos? O que se faz numa hora dessas?

Você corre, senta, você chora? Você arranca os cabelos quando não sabe mais as respostas? E quando você  sente que sabe?

Como aceitar que gosta mesmo dele? Como entender finalmente que não conseguiu, que se apaixonou? Como admitir que tem mais medo de perdê-lo, do que de perder à si mesma?


Acho que eu não consigo mais ficar longe dele. Acho que a simples ideia de perder aquele sorriso bobo, aquelas piadas ridículas e brigas sem razão me enlouquece. Eu não consigo mais controlar as coisas dentro de mim.

Ficar sem ele já não é uma opção viável. Sem ele eu não vou ficar bem. Não vou permanecer viva.


Porque à cada pessoa que eu vejo, vejo também um pedaço dele. Aqueles olhos, o nariz, o queixo. Vejo o jeito dele andar, a pose em que ele para. E todos tem sua voz, seu cheiro, seu sotaque. Toda música parece ser as que ele ouve, toda piada precisa chegar aos seus ouvidos.

Todos os abraços precisam começar e findar nele. 

E o engraçado é que não é a primeira vez. Eu fico me enganando mas ele sempre volta... Tem um rascunho aqui que nunca postei e que cabe hoje... Foi escrito em agosto passado [logo após a postagem:  ♫ ÿøυ αɾε τhε øṉlÿ εχсερτïøṉ ♫:


"Bem... estou aqui novamente! Sim, eu sei que estive aqui ontem e que talvez fosse muito melhor eu demorar um pouco à aparecer e escrever qualquer coisa novamente.

Entendo que talvez meu post anterior se perca, igual à muitos antes dele. E realmente sinto muito por isso. Sinto muito mas tenho que falar sobre coisas que talvez eu nunca antes tenha desejado pensar.

Coisas que eu escolhi não colocar à prova, com medo das conclusões que eu poderia tirar. Mas que agora já não há mais como deixar de lado.

Está na hora de "jogar" até mesmo com a postagem anterior. Porque se nele eu me declaro, sim, apaixonada; neste eu devo questionar sobre o que faria de mim uma garota interessante não apenas para ele como para qualquer outro garoto.


Muitas vezes eu gostei de meninos que nunca me veriam como eu gostaria. Isso é comum para muitas garotas além de mim. Mas algumas meninas não sabem o que é isso. Sorte delas.

Dói ser vista como a "grande amiga", ou como uma espécie de "irmã". É horrível ser vista apenas como a "companheira de bagunças". E muitas vezes eu me calei sobre o que eu sentia dentro de mim.

Hoje as coisas poderiam ser como sempre foram. Para ele isso não fará diferença. Ele nunca saberá o que eu sinto. Nem em relação à ele, nem em relação à qualquer outra coisa.

Os garotos não se importam. Nisso eles são todos absurdamente iguais. Sinceramente, não farei nada para mudar isso. Porque embora eu goste muito dele, eu amo a mim acima de tudo e de todos. Eu sou o meu primeiro e único plano de verdade.

O resto é só... resto!


E não vou negar que a decepção se mistura com a raiva que eu sinto por não ter tido coragem de lhe dizer. Mas eu queria ter certeza antes de falar qualquer coisa da qual pudesse me arrepender mais tarde.

Eu queria que ele soubesse... Eu iria lhe contar mais cedo ou mais tarde. E agora eu desejo nunca mais vê-lo na vida! Seja em que circunstâncias for.

Para ele eu sou a menina certa à quem perguntar sobre um banco mais próximo. Mas nunca serei a menina que ele vai convidar para sair.


Eu cansei de ser a amiga dele. Eu não quero isso. Eu vou me afastar dele.

EU NÃO SOU SUA AMIGA!"


E a verdade é que eu não me afastei. E que a amizade dele ainda é um dos maiores bens na minha vida. A verdade é que eu o amo mil vezes mais e mais intensamente. Amo como a amiga que verdadeiramente sou, e como a amante que nunca serei. Amo como a mãe que protege, como o pai que não devia mas vigia. Amo como a madrinha que aconselha, e como a avó que mima. Amo como se ele fosse parte de mim.

Porque no fundo ele é.

Porque no fundo ele sempre será.


E eu sempre vou estar aqui... No lugar onde ele me deixou.

Na tal "friendzone"...

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