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MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

ᑭOTᙓᑎᙅIᗩᒪ ᕼIᗪᖇOᘜᙓᑎIÔᑎIᙅO

Essa história é sobre música. Sobre o som do silêncio, que acumula e acaba fazendo morada em nós. Sobre as vozes que, há pouco mais de 24h, eu nem conhecia e que agora parecem exprimir meus pensamentos. Esse texto é sobre tudo o que descobri nas últimas 24 ou 48h e que ainda assim me é desconhecido. Esse texto é sobre a ausência daquilo que deveria se fazer presente. 

Esse texto é sobre todo o verde que deveria soar natural para mim. Sobre tudo que, meu, não se faz natural a ninguém. Porque a escrita é de minha natureza, o jeito sutil (ou nem tanto) de rebuscar o que não faz sentido sequer em minha mente.

Esse conto é sobre um encontro que parece apenas fruto da minha cabeça.


Faz sentido eu vir aqui, cuspir palavras aleatórias e tentar junta-las em frases bonitas? Pra mim, isso parece aquilo que eu não gostei em você e não gosto em ninguém. Não é irônico que me incomode o falar sem fazer, e que eu faça exatamente o mesmo? Mas é que eu não sinto que haja uma solução.

E como medir todo esse potencial de dois que nem ousamos ser nós? Como encontrar equilíbrio (e você talvez não saiba, mas eu adoro) de compostos que nem reagem? O problema não são as contas, os contos... a estequiometria desta reação. É não saber se, na prática, encontraríamos enfim a solução.

Meu medo é que sejamos mistura.


O problema é não ter seu cheiro, toque ou temperatura. É o seu sorriso que não faz parte do meu dia, o som do seu riso que não me faz moradia. O problema é a distância que, embora insignificante, separa. O problema é meu medo e talvez orgulho; o seu aparente interesse transviado. É toda a bagagem que deveríamos ter para compartilhar e agora parece extraviada.

E, quanto mais eu penso, o problema são aquelas vozes e aquela música que fez sentido desde a primeira vez. O problema foi minha mania de transformar medo em dor; em sofrimento antecipado. O problema é viver tudo na cabeça e - diante de um final infeliz - não correr o risco.

(E se tudo isso não fizer sentido nenhum pra mim, você entende?)


No fundo das nossas conversas rasas... Ainda é recíproco?

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