Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vindo. Vendo. Vento...

Parece que tem gente que precisa de folga de nós. (E eu só chego à essa conclusão, porque tem gente de quem eu preciso de folga).

Gente que surge do nada e te ama. Que aparece e parece que sempre esteve ali. Que cria raízes e constrói pontes. Gente que, de uma vez, domina seus sorrisos e entende suas neuras. Gente que tem aquela liberdade que só se dá a quem se confia.

E que então vai embora como se nunca tivesse realmente estado ali. Que leva tudo que conquistou nesse meio tempo, e vai como se dissolvesse as raízes. Gente que constrói muros com os tijolos da antiga ponte. Que se isola em um processo que talvez seja como uma desintoxicação. Vai e se esquece. Te esquece. E você mal lembra de esquecer.


E nesse não esquecer totalmente, você deixa a pessoa voltar. O nômade volta a fazer lar no terreno vago. Sem nunca questionar se já esteve ali; os motivos que o levaram embora. Simplesmente se instala como se fosse um lugar completamente novo (e em partes é... tão diferente já nos tornamos).

Deixar voltar é admitir que nunca foi. E permitir que nunca seja. Que você não seja, que aquela pessoa também não possa. Sem sequer ter certeza de que vale a pena tudo isso. Mas apostando que vale. Acreditando que não devia.




...

Estou aqui. Inventando razões para estarmos juntos como quem se quer. Pedindo que se acumule, que cúmulo! É aceitável pedir prum viajante que se fixe?


É... você vir e ir. Ventar. É quase "Ventania"...





[Às vezes você aparece e eu fico desejando que você sumisse. Mas nas nossas conversas e confusões, eu tenho certeza de que queria que seus contornos sumissem. Apenas eles. Que fossem se tornando leves borrões na sutileza do fechar dos meus olhos. Na urgência do beijo naquele segundo seguinte. 
E eu queria que todos eles perdessem a noção de onde nós dois nos encontramos, estando nós tão perdidos em nós mesmos. Eu queria que você sumisse. Assim como eu queria sumir, me consumir em você. Enquanto você se consuma em mim...]






Você venta, amor...
Eu invento amor.


Nenhum comentário: