Read around the world / Lea todo el mundo...

MI CASA... SU CASA...

"Toda noite de insônia / Eu penso em te escrever... // Escrever uma carta definitiva / Que não dê alternativa pra quem lê... // Te chamar de carta fora do baralho / Descartar, embaralhar você..."

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Você ainda me deve um cinema... ♥

Do que me vale sentir a sua falta, se você não vai voltar para me buscar? Do que me vale correr atrás, se eu nunca vou te alcançar? Se você não vai me deixar ir contigo?
Do que me vale sonhar sonhos antigos; os meus inimigos; se eu nem sequer vou aguentar dormir? Do que me vale ser eternamente sua, se você não vai me deixar conseguir? Do que me vale uma existência sem vida?
E, do que me vale esta vida, se um dia eu pude dividi-la contigo? Do que me vale qualquer coisa, se hoje só quer ser meu amigo?
Do que me vale o mais doce dos beijos, se não é você quem vem me sorrir? Do que me vale a noite mais longa, se eu não ganho um beijo seu para dormir? Do que me vale o olhar mais profundo, se não houver sentimento ali?
Do que me vale a madrugada mais fria, se não são os teus braços que vem me afagar? Do que me vale o mais lindo oceano se, no fim, eu vou me afogar?
Do que me vale a música mais bela, se é para ela que você vai correr? Do que me vale voar da janela, se não vem mais para me socorrer?
Do que me vale sequer o silêncio, se ninguém vai mais ousar pedir perdão? Do que me vale este corpo e a alma, se não existe calma em meu coração?
Do que me vale a dor de um poeta, se ainda é em mim que ela vai doer? Do que me vale esta batalha; esta luta; se nunca serei eu quem vai vencer?
Do que me vale um amor verdadeiro se, à luz do Cruzeiro, eu vou te perder? Do que me vale a forma mais pura, se essa mistura eu não vou perceber?
Do que me vale o tesouro mais caro, se este sentimento tão raro já pôde morrer? Do que me vale um pôr-do-sol, se no dia seguinte ele insistirá em nascer?
Do que me vale uma cena de um filme, se este eu nunca vou assistir? Do que me vale esta peça, se em seu teatro não vai me incluir?
Do que me vale escrever uma página, se do meu diário você vai apagar? Do que me vale o calor do teu colo, se nele não irei eternizar? Do que me vale a palavra mais triste, se não é você quem vai minhas lágrimas secar?
Do que me vale a fantasia, se é a vida real quem vem me assustar?
Do que me vale uma foto, se é em meus pensamentos que nossa história insiste em morar? Do que me vale o riso mais alegre, se você não conseguirá escutar?
Do que me vale a mais viva das cores, se o meu nariz você não vai colorir? Do que me vale tentar ir embora se, à qualquer hora, eu vou desistir?
Do que me vale você dizer não, se todos já sabem que vou insistir?
Do que me vale pensar em viver se, sem você, eu já nem sei existir?



[ESCRITO EM 05/03/2009]

6 comentários:

Poeta da Sombra disse...

Quando "amamos" tudo só vale a pena se aquela pessoa esta ali. Tipo a musica do capital inicial, "fogo". Procure depois. Mas eu creio que tanto a musica quanto esse "amor" são exagerados. Nossa felicidade depende de nós, não de terceiros por mais "importantes" que eles sejam, temos que nos valorizar.

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Bem, conheço a música... E, ironicamente, é a minha favorita do Capital. É certo que a felicidade vem de nós... Vem de querer ou não. E eu ainda não quero.

E eu já sofro pelo meu apego. Não é só você que está acostumado com a dor.

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

E à propósito... Amor vem de nós.

Poeta da Sombra disse...

Então espero que você a queira um dia para seu próprio bem. O problema de se acostumar a dor é acomodar-se com ela.
Eu sei que o amor vem de nós. Não disse o contrario.

Unknown disse...

2009! Porque não postou na época? .-.

}]i[{ NINA }]i[{ disse...

Tem uma coisa nesse texto que, nesta data, ainda não passava de um pensamento ruim... Mas se confirmou, e eu não reagi. Compartilhar esse texto, na época, era impensável.

Agora eu vi que tenho que expulsar as coisas aos poucos.

"- Meu problema é memória...
- Ausência?
- Não, presença."